Uma enfermeira assassinou três pacientes do hospital Oguchi, na cidade de Yokohama, no Japão, após contaminar os soros intravenosos com desinfetante. Ayumi Kuboki, de 34 anos, admitiu ter cometido o crime contra idosos de 70 e 80 anos, e agora, foi condenada à prisão perpétua.
Embora os assassinatos tenham acontecido há cinco anos, chocando o país, somente agora houve desdobramentos com a condenação à prisão perpétua. Em conversa com a polícia japonesa, a enfermeira confessou ter matado 20 pessoas no prazo de dois meses. Porém, voltou atrás e disse aos promotores que não abordaria o assunto durante o seu julgamento, mesmo se questionada.
Diante de todas as informações, uma pena de morte foi cogitada, mas no final, a pena de morte chegou a outra decisão. De acordo com o juiz, a enfermeira disse ter se arrependido dos crimes cometidos. Por isso, existe a possibilidade de ela ser reformada, o que fez com que o juiz hesitasse em declarar a sentença de morte.
Os advogados de defesa da enfermeira alegaram que ela era depressiva e que não soube lidar com o estresse causado pela morte dos pacientes. No tribunal, Kuboki, alegou que não queria ser culpada por familiares se algo acontecesse durante o turno dela, e que chegou a se sentir aliviada quando uma das vítimas morreu.
Durante um período de três meses, cerca de 48 pacientes morreram atipicamente. Em virtude dos acontecimentos, a polícia japonesa deu início a uma investigação sobre o caso após encontrar traços de cloreto de benzalcônio em uma das vítimas.
A substância química faz parte da composição do desinfetante utilizado na limpeza da enfermaria. Mas no início das investigações, os policiais alegaram ser difícil determinar todas as causas das mortes suspeitas, tendo em vista que os corpos haviam sido cremados.
Ex-colegas da enfermeira ficaram chocados com o envolvimento da mulher no assassinato dos pacientes. “Nós não fazíamos ideia de que ela era uma funcionária problemática”, declarou um dos funcionários do hospital.