Uma enfermeira foi presa na noite da última sexta-feira (12) suspeita de fazer empréstimos e compras usando o nome de pacientes da UPA de Icó, no Ceará. De acordo com a Polícia Civil do estado, a profissional já estava sendo investigada por estelionato e foi pega em flagrante no momento em que realizava novo golpe.
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Em nota, o delegado Glauber Ferreira, responsável pelo caso, explicou que a mulher chegou a tirar R$ 3,6 mil com os documentos de uma das vítimas e comprou produtos em nome outra paciente.
“Uma paciente que ficou na UTI com suspeita de Covid-19 nos procurou. Ela achou estranho um empréstimo consignado de R$ 3,6 mil que apareceu na conta dela justamente na época que estava internada”, disse o delegado.
Ainda de acordo com ele, uma investigação foi aberta e constatou que a enfermeira tinha utilizado os documentos da vítima para realizar a operação online. Além disso, a mulher chegou a tirar fotos com o documento da paciente em mãos.
“Diante dessa situação e da gravidade dos fatos, pedimos o afastamento da enfermeira de suas funções, e começamos a investigar se havia participação de outros funcionários e se havia outras vítimas.”
O filho de outra paciente também procurou a delegacia. A suspeita, nesse caso, teria realizado compras em uma farmácia em nome de uma idosa de 83 anos. O circuito de segurança do estabelecimento registrou a enfermeira circulando pelo local.
“A gente só via as cobranças chegando e começamos a monitorar para tentar pegar a mulher na hora que fosse comprar. Avisamos à farmácia que não era minha mãe comprando”, contou o filho da vítima que preferiu não se identificar em entrevista ao portal “UOL”.
No momento em que a enfermeira tentou fazer outro pedido, o filho da idosa acionou a polícia. “Ela tentou um delivery. Nós realizamos a diligência e conseguimos prendê-la em flagrante no momento em que recebeu os produtos. Ela foi autuada mais uma vez por estelionato e foi recolhida ao presídio de Juazeiro”, disse Ferreira.
A suspeita já estava afastada de suas atividades na UPA de Icó na ocasião do seu flagrante. O delegado orienta que quem esteve internado na unidade e percebeu alguma cobrança não autorizada pode procurar a delegacia do município e prestar queixa.
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