O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelou nesta quarta-feira (15) que a geração de energia no Brasil pelas termelétricas bateu recorde em julho. A saber, a grave crise hídrica está fazendo o país acionar cada vez mais estas usinas, que são mais caras e poluentes que as hidrelétricas.
Por falar nisso, a geração de energia pelas hidrelétricas foi a menor no mês desde 2002, segundo dados do ONS. Em resumo, a falta de chuvas fez o país aplicar em junho a bandeira vermelha patamar 2, nível mais elevado à época. Na sequência, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevou em 52% o nível deste patamar da bandeira tarifária.
Assim, os consumidores seguiram pagando mais caro para ter energia em casa. No entanto, no final de agosto, o governo federal anunciou a bandeira tarifária escassez hídrica, que elevou em 49,63% o patamar 2 da bandeira vermelha, que havia sido aumentado dois meses atrás.
Tudo isso aconteceu, pois o país continua gastando mais para conseguir manter o abastecimento da população. Em suma, o Brasil não está conseguindo gerar energia pelas hidrelétricas como normalmente o faz. Por isso, recorre tanto às termelétricas quanto à importação de energia.
Governo já anunciou medidas para controlar o consumo e o desperdício
A saber, o governo publicou um decreto para a redução do consumo de energia por parte dos órgãos públicos federais. Além disso, o governo também anunciou em 31 de agosto o programa de redução voluntária do consumo de energia pelo consumidor comum.
Em síntese, os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis pela geração de 70% da energia do país, estão em situação crítica. Seus volumes de armazenamento estão em 23% e devem chegar a 10% da capacidade em novembro, menor patamar dos últimos 20 anos, segundo estimativas do ONS.
Inclusive, o órgão também alertou que o país não será capaz de gerar energia elétrica suficiente para atender à demanda da população a partir de outubro. Vale ressaltar que o ONS elevou a projeção de chuva nas regiões das hidrelétricas do país. Contudo, o governo federal divulgou uma nota na última quinta-feira (9) reafirmando a visão de cenário de atenção para a geração de energia pelas hidrelétricas.
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