O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelou nesta terça-feira (28) que a geração de energia no Brasil pelas termelétricas bateu recorde em agosto. A saber, a grave crise hídrica está fazendo o país acionar cada vez mais estas usinas, que são mais caras e poluentes que as hidrelétricas.
Por falar nisso, a geração de energia pelas hidrelétricas continuou caindo e permanece no menor nível desde 2002. Em resumo, a falta de chuvas fez o país aplicar em junho a bandeira vermelha patamar 2, nível mais elevado à época. Na sequência, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevou em 52% o nível deste patamar da bandeira tarifária.
Assim, os consumidores seguiram pagando mais caro para ter energia em casa. No entanto, no final de agosto, o governo federal anunciou a bandeira tarifária escassez hídrica, que elevou em 49,63% o patamar 2 da bandeira vermelha, que havia sofrido aumento dois meses atrás.
Tudo isso aconteceu, porque o país continua gastando mais para conseguir manter o abastecimento da população. Em suma, o Brasil não está com capacidade de gerar energia pelas hidrelétricas como normalmente o faz. Por isso, recorre tanto às termelétricas quanto à importação de energia.
Geração de energia eólica e solar também batem recorde
Além do expressivo resultado registrado pelas termelétricas, a geração de energia solar e eólica também bateram recorde no mês passado. Em suma, as hidrelétricas responderam por 50% da energia gerada no país em agosto. Embora tenham respondido por metade da energia gerada, o resultado expressivo, na verdade, é bem menor que a média da energia hidráulica no país, de 65%.
Diante dessa situação, a participação dos demais meios de geração de energia cresceu em agosto, batendo recorde. A saber, as termelétricas geraram 28,8% da energia consumida no mês passado, seguidas pela energia eólica (16,8%), nuclear (3%) e solar (1,3%). Apenas a nuclear não atingiu uma produção recorde em agosto.
Por fim, o governo já publicou um decreto para a redução do consumo de energia por parte dos órgãos públicos federais. Além disso, também anunciou no final do mês passado o programa de redução voluntária do consumo de energia pelo consumidor comum. Tudo para reduzir o consumo e evitar o risco de apagões no país.
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