O número de famílias endividadas no Brasil continua em nível bastante elevado. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atingiu 79,2% das famílias em outubro.
Na comparação com o mês anterior, houve um leve recuo de 0,01 ponto percentual (p.p.) no endividamento dos brasileiros. Por outro lado, em relação a outubro de 2021, o número de famílias endividadas cresceu 4,6 p.p.
Vale destacar que o endividamento das famílias brasileiras cresceu 21% no ano passado, em relação a 2020. Esse forte avanço ocorreu devido à expansão de linhas de crédito mais caras e sem garantias. E a situação se agravou em 2022 devido à inflação e aos juros cada vez mais elevados no país.
PIB do Brasil ENCOLHE 3,3% em 2020 e soma R$ 7,6 trilhões
Inadimplência bate recorde
Embora o endividamento tenha desacelerado no mês passado, o levantamento revelou que 30,3% das famílias do país tinham algum tipo de conta ou dívida atrasada. Nesse caso, o número cresceu 0,3 p.p. em um mês e 4,6 p.p. em um ano.
A saber, essa é a maior taxa de inadimplência já registrada desde o início da série histórica da CNC, em 2010. Isso quer dizer que a entidade nunca havia registrado uma taxa tão expressiva de inadimplência quanto a do mês passado.
Em resumo, a pessoa inadimplente é aquela que possui dívidas ou contas em atraso. A propósito, há alguns fatores que propiciam o aumento da inadimplência entre os consumidores, como manter mais de um cartão de crédito e não se atentar à própria saúde financeira e às datas de pagamento das contas.
Por fim, a CNC revelou os estados com as maiores taxa de dívidas atrasadas do país: Veja abaixo quais foram:
- Bahia – 43,7%
- Rio Grande do Norte – 42,4%
- Minas Gerais – 42,2%
- Ceará – 41,9%
Leia também: Consignado do Auxílio Brasil pela Caixa Econômica ainda está suspenso?