O número de famílias endividadas no Brasil continua crescendo. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atingiu 79,3% das famílias em setembro.
Na comparação com o mês anterior, houve um aumento de 0,03 ponto percentual (p.p.) no número de endividados no país. Já em relação a setembro de 2021, o aumento foi bem mais expressivo, de 5,3 p.p.
Além disso, o levantamento também revelou que 30% das famílias do país tinham algum tipo de conta ou dívida atrasada. Nesse caso, o número cresceu 0,4 p.p. em um mês e 4,5 p.p. em um ano.
Em resumo, ambas as taxas, de endividamento e de inadimplência, bateram novo recorde em setembro. A saber, desde o início da série histórica da CNC, em 2010, a entidade nunca havia registrado taxas tão expressivas quanto as do mês passado.
Vale destacar que o endividamento das famílias brasileiras cresceu 21% no ano passado, em relação a 2020. Esse forte avanço ocorreu devido à expansão de linhas de crédito mais caras e sem garantias. E a situação se agravou em 2022 devido à inflação e aos juros cada vez mais elevados no país.
Em resumo, a pessoa inadimplente é aquela que possui dívidas ou contas em atraso. A propósito, há alguns fatores que propiciam o aumento da inadimplência entre os consumidores, como manter mais de um cartão de crédito e não se atentar à própria saúde financeira e às datas de pagamento das contas.
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Dívidas com carnês e cartões de lojas crescem
Segundo a pesquisa, as dívidas com carnês e cartões de lojas foram o grande destaque em setembro. Em suma, os brasileiros estão buscando cada vez mais o crédito direto no varejo, principalmente as famílias de renda mais baixa.
Desde maio que o indicador vem crescendo e, em setembro, 19,4% dos brasileiros tinham alguma dívida com carnês e cartões de loja. A taxa é 0,6 p.p. superior ao resultado do ano passado.
Veja abaixo os tipos de dívida que os brasileiros mais possuíam em junho:
- Cartão de crédito: 85,6%;
- Carnês de loja: 19,4%;
- Financiamento de carro 9,6%;
- Crédito pessoal 9,1%;
- Financiamento de casa 7,9%;
- Cheque especial 5,2%;
- Crédito consignado 4,9%.
A saber, cartão de crédito, carnês de loja, crédito pessoal e cheque especial tiveram aumento no percentual de dívidas entre os brasileiros na comparação com 2021. As demais registraram queda.
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