Levantamentos do mês de julho apontam que o endividamento dos brasileiros apresentou queda de 0,4 ponto. Sendo assim, esse é o primeiro dos últimos 8 meses, em que o número de endividados apresenta recuo.
Segundo os dados que a CNC divulgou, a motivação para esse recuo foram as renegociações do programa Desenrola Brasil, do Governo Federal.
Além disso, os dados mostram que se considerarmos a faixa de renda entre 5 até 10 salários mínimos por mês, a diminuição proporcional nas dívidas foi de 0,7 ponto porcentual.
Mesmo que o número de endividamento continue alto, esse é o resultado mais baixo nos primeiros 7 meses deste ano.
Quer saber mais detalhes sobre essa queda no endividamento dos brasileiros? Continue a leitura até o final!
Números da queda no endividamento dos brasileiros
Nesse primeiro recuo referente às dívidas dos brasileiros, a proporção de grupos familiares endividados no Brasil desceu de 78,5% no mês de junho para 78,1% no mês seguinte, julho. Ou seja, uma queda de 0,4 ponto porcentual, isso desde o mês de novembro do ano passado, 2022.
De acordo com a divulgação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, esse número representa o nível mais baixo no volume de endividados desde o primeiro mês deste ano. Esses números são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que a CNC divulgou recentemente.
Ligação entre a queda no endividamento dos brasileiros e Desenrola Brasil
Uma medida do governo que possibilitou a renegociação de dívidas e recebeu o nome de Desenrola Brasil, teve início no mês de julho. Então, o programa propôs renegociar dívidas da categoria bancárias de indivíduos com renda na faixa de R$ 2,6 mil até R$ 20 mil mensais.
Segundo a CNC, esse foi o fator que fez com que diminuísse a proporção de indivíduos com dívidas na classe média, nesse sétimo mês.
Oscilação do endividamento por faixa de renda
Assim, no grupo com renda familiar que abrange de 3 até 5 salários mínimos mensais, a parcela de devedores caiu marcando 0,7 ponto porcentual. Sendo assim, passou de 79,3% no mês de junho para 78,6% no mês de julho, o nível mais baixo em período de um ano. Pois isso não ocorria desde junho do ano passado, 2022.
Enquanto isso, no grupo de devedores com renda que vai de 5 a 10 salários mínimos, queda também foi de 0,7 ponto percentual proporcionalmente ao número de endividados, baixando de 78,1% para 77,4% entre esses meses, a menor taxa desde o primeiro mês do ano.
Por fim, foi possível observar que na fatia que corresponde aos mais ricos, cuja renda fica acima dos dez salários mínimos por mês, a proporção de devedores permaneceu estável, marcando 74,9%.
Já entre a população mais pobre, de famílias com renda igual ou inferior a 3 salários mínimos, o quantitativo de cidadãos com dívidas subiu 0,2 ponto percentual, saindo da casa dos 79,2% no mês de junho para chegar em 79,4% no mês de julho.
Você acredita que na continuação do Desenrola haverá mais queda no endividamento dos brasileiros? Comente conosco.