A Polícia Militar (PM) encontrou o helicóptero que desapareceu há 12 dias com quatro passageiros. A aeronave foi encontrada em uma mata fechada no município de Paraibuna, no Vale do Paraíba. É possível ver os destroços do helicóptero em uma imagem divulgada pela PM.
No entanto, ainda não há informações sobre os ocupantes. O aparelho foi localizado pelo Águia 24, da Polícia Militar. Equipes de resgate estão indo para o local.
A saber, pela manhã, os familiares contaram que estiveram na torre que detectou pela última vez o sinal do celular do piloto, no KM 54,5 da Rodovia dos Tamoios.
Helicóptero desaparecido em São Paulo
O helicóptero saiu do Campo de Marte por volta das 13h15 do dia 31 de dezembro, com destino a Ilhabela, com o piloto e três passageiros.
De acordo com as informações, além do piloto estavam no helicóptero Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio.
As buscas estavam sendo feitas pela Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo.
Durante as buscas, as equipes sobrevoaram a região da Serra do Mar, entre o litoral norte e o Vale do Paraíba, principalmente sobre as cidades de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba.
Cronologia de toda a situação
Confira os desdobramentos do helicóptero desaparecido, que vem chamando a atenção de todo o país.
Dia 31 de dezembro
- 13h15 – O helicóptero Robinson R44 de prefixo PR-HDB decola do aeroporto Campo de Marte, na cidade de São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral norte do estado. Pouco depois da decolagem, a comerciante Luciana Rodzewics, 46 anos, postou no Instagram da loja em que é proprietária um vídeo da aeronave decolando;
- 14h09 – Filha de Luciana, Letícia Rodzewics, 20, que também estava no voo, envia mensagem ao namorado dizendo que havia muita neblina e que o piloto tentaria voltar. Ela revela que a aeronave fez um pouso de emergência, mas não soube precisar o local exato;
- 14h25 – O empresário Raphael Torres, 41, que também estava no voo, envia uma mensagem de áudio ao filho dizendo que o tempo estava ruim e que a aeronave tentaria pousar em Ubatuba;
- 14h42 – Em contato com o proprietário do heliponto onde faria o pouso, o piloto Cassiano Tete Teodoro, 44, revela que estava com dificuldades para cruzar a serra por causa do excesso de nuvens. Cassiano diz que tentaria elevar a altitude e que tentaria achar um “buraco” – jargão da aviação que significa um ponto de céu limpo;
- 14h49 – Cassiano e o dono do heliponto se falam novamente. O piloto volta a reclamar das condições climáticas e diz que não estava conseguindo subir a camada de nuvens;
- 14h55 – O piloto diz ao proprietário do heliponto que iria tentar voar por cima das nuvens;
- 15h13 – O heliponto faz novo contato com a aeronave, mas não há retorno;
- 22h40 – O Comando de Aviação da Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de São Paulo geraram um alerta para possível queda do helicóptero.
Dia 1º de janeiro
A Força Aérea Brasileira inicia as buscas pelo helicóptero. Um avião SC-105 Amazonas decolou de Campo Grande (MS) para o Vale do Paraíba para fazer a varredura.
Às 22h14 o celular de Luciana Rodzewics, que até então estava ativo, deixa de emitir sinal.
Dia 3 de janeiro
O corpo de um homem foi localizado às margens de uma represa em Natividade da Serra, no Vale do Paraíba. Autoridades que participam das buscas suspeitaram que o cadáver pudesse ter relação com o desaparecimento do helicóptero.
Dia 4 de janeiro
A Defesa Civil e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmaram que não há nenhum indício de que o corpo encontrado às margens da represa em Natividade da Serra tenha relação com a aeronave que desapareceu no dia 31.
Dia 6 de janeiro
A Força Aérea Brasileira reforçou as buscas pela aeronave desaparecida. Para isso, passou a usar na operação de resgate um helicóptero Black Hawk, um equipamento militar de médio porte utilizado em missões de busca e salvamento.
Dia 8 de janeiro
Mesmo após oito dias de buscas, o porta-voz Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo, o major Cesar Augusto Silva afirmou que a corporação ainda tinha esperança de encontrar com vida as quatro pessoas que estavam a bordo do Robinson R44.
Dia 9 de janeiro
Familiares dos passageiros decidiram contratar profissionais para fazer uma busca paralela.
Além disso, os parentes contam com voluntários para tentar encontrar vestígios da aeronave. A equipe é composta, basicamente por mateiros e por operadores de drones.
Dia 10 de janeiro
Buscas chegam ao décimo dia. A Polícia Civil tenta utilizar dados de localização emitidos pelos celulares dos passageiros para obter pistas.
Dia 11 de janeiro
Vídeos divulgados à imprensa mostram que câmeras de segurança instaladas em prédios públicos da Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, e na Rodovia dos Tamoios, em Paraibuna, captaram imagens do que poderia ser o helicóptero trafegando pela região no dia do desaparecimento da aeronave.