Uma notícia ruim para quem precisa pegar empréstimos nos próximos dias: eles devem ficar mais caros a partir de quinta-feira. E isso tem uma explicação bastante simples. Isso acontecerá por conta do aumento da taxa de juros esperada para o mercado brasileiro após o dia 16 de março. A data marca o fim da reunião do COPOM, que definirá a nova taxa Selic.
Com isso, o mercado acredita que o Banco Central vai aumentar a taxa em 1,5 ponto percentual, deixando a Selic em 12,25% ao ano. Dessa forma, todas as operações de crédito do Brasil ficarão mais caras e uma delas é a contratação de empréstimos, que deve ter juros ainda maiores a partir da quinta-feira (17).
Qual a relação da Selic com os empréstimos?
A taxa Selic é conhecida como a taxa básica de juros da nossa economia. Isso quer dizer que todas as operações devem ter, no mínimo, os juros dessa taxa. Com isso, os empréstimos, que hoje devem ter juros mínimos de 10,75% ao ano, passarão a ter os juros mínimos de 12,25%. Apesar disso, a realidade é bastante diferente.
Isso porque os bancos cobram taxas bem acima da Selic, por conta do maior risco para emprestar dinheiro a pessoas comuns. Dessa forma, em vez de emprestar dinheiro ao governo e receber 10,75% ao ano, os bancos preferem emprestar para pessoas comuns e receberem algo em torno de 70% ao ano. Contudo, à medida que emprestar para o governo fica mais vantajoso, a taxa para o consumidor comum também precisa aumentar para valer o risco. Por isso, quando a Selic sobe, os empréstimos ficam mais caros. O contrário também acontece quando a taxa básica de juros baixa.
Apesar dessa notícia, ainda é possível pegar empréstimos com as atuais taxas. Contudo, vale lembrar que as atuais taxas já estão bastante altas, se compararmos com as taxas médias históricas. Dessa forma, é sempre uma excelente ideia fugir dessas operações.
Como conseguir taxas menores?
Existem algumas formas de conseguir taxas de empréstimos menores. Contudo, todos os empréstimos terão taxas bem acima da Selic, dado que o risco para emprestar ao consumidor final é bem maior que emprestar para o governo. Porém, se você precisa de um empréstimo, é hora de negociar.
A primeira dica é nunca aceitar a primeira taxa que você receber. Isso porque os bancos conseguem negociar facilmente as taxas com os clientes. Com isso, você consegue reduzir bastante as taxas mensais dos empréstimos. O mesmo serve para os aposentados, que têm crédito mais acessível.
A segunda dica é evitar parcelamentos muito grandes. Isso porque, mesmo com parcelas menores, os juros são maiores no final dos pagamentos. Por isso, caso seja impossível evitar os empréstimos, busque pagar em menos parcelas, mesmo que o valor mensal seja maior.
Além dos empréstimos, outras operações devem ficar mais caras. Isso porque a Selic afeta, da mesma forma, os financiamentos, os créditos imobiliários e os rotativos do cartão de crédito.