O ministro da Previdência, Carlos Lupi, disse, em entrevista ao UOL, que quer mudar algumas regras no empréstimo consignado do INSS a partir de março. Segundo ele, é preciso reduzir o limite dos juros do crédito para aposentados e pensionistas. Atualmente, muitos beneficiários têm parte da renda retida por conta dos descontos na folha de pagamentos.
Por isso, hoje vamos entender como ficará o empréstimo consignado do INSS, além de mostrar como quitar as suas parcelas com mais facilidade.
O que disse o ministro?
Em entrevista ao UOL, o ministro Carlos Lupi falou que é preciso reduzir os juros máximos da modalidade de crédito. Isso porque o empréstimo consignado do INSS retira, mensalmente, o valor da parcela do pagamento dos aposentados. Além disso, as operações podem chegar a até 86 parcelas, em alguns casos, o que é considerada uma dívida extensa.
Segundo o próprio ministério, existem cerca de 14 milhões de contratos ativos no empréstimo consignado do INSS. Por ser descontado diretamente do benefício, o percentual de juros da operação é menor. Atualmente, o limite para a cobrança é de 2,14% ao mês. No caso das dívidas com o cartão de crédito, o limite é de 3,06% ao mês. O ministro afirmou que fará uma nova proposta em março, quando o Conselho Nacional da Previdência Social se reunirá novamente. A entidade é formada por representantes dos aposentados, trabalhadores, empresas e o próprio governo.
Apesar disso, Lupi não informou um novo percentual. Porém, especialistas dizem que a cobrança pode cair para 1,99%, já que esse é o percentual cobrado pelos empréstimos do SIM Digital, no Caixa Tem. Vale lembrar que, atualmente, o Brasil apresenta um alto índice de inadimplência e de endividamento, o que prejudica, particularmente, os mais pobres. Além disso, dentre os aposentados, a grande maioria recebe o valor de um salário mínimo. Com os descontos, o valor fica ainda menor.
Além do empréstimo consignado do INSS
Além de falar sobre o empréstimo consignado do INSS, recentemente Carlos Lupi deu outras declarações que agradaram os aposentados. Isso porque o ministro mencionou que negociará com o STF e com o INSS a judicialização do processo da revisão da vida toda. Na prática, o ministro quer garantir o pagamento da causa para os aposentados, evitando arrastar o processo por mais alguns anos.
Isso porque o INSS afirmou que entraria no STF pedindo para atrasar os pagamentos. Segundo nota, a entidade não teria estrutura para efetuar os pagamentos. Além disso, afirmou que os cálculos feitos em processos judiciais podem ser equivocados, por usarem calculadoras disponíveis na internet. Com isso, além de ter uma redução do empréstimo consignado do INSS, os aposentados podem ver, em breve, um valor relevante entrando na conta.
Além disso, vale ressaltar que o processo da revisão da vida toda aumentará o valor de alguns benefícios. Por isso, espera-se que o número de beneficiários recebendo acima de 1 salário mínimo aumente nos próximos anos.