O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,7 ponto em março deste ano, em relação a fevereiro, para 91,8 pontos. O avanço interrompeu uma sequência de quatro quedas, mas o indicador continua abaixo dos 100 pontos, nível que separa o otimismo do pessimismo.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, os empresários do país estão mais confiantes com o cenário atual.
Em resumo, os setores de serviços e comércio foram os principais responsáveis pelo avanço do ICE no mês passado. A saber, estes segmentos estão mostrando uma recuperação firme após os fortes impactos provocados pela pandemia.
“Uma parcela expressiva da alta da confiança empresarial em março é explicada pela melhora dos números da pandemia de Covid-19 no país e seus efeitos sobre as vendas dos setores de Serviços e do Comércio. Em ambos os setores houve melhora da percepção sobre a situação atual dos negócios no mês”, disse Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV Ibre.
Futuro preocupa empresários
Embora o cenário atual tenha elevado o otimismo dos empresários, as expectativas com o futuro preocupam. Em suma, a guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou hoje ao 41º dia, pressiona os preços de diversos produtos, principalmente as commodities. E a consequência direta deste cenário é a elevação da inflação global.
A saber, os conflitos no leste europeu aumentam os custos para diversos setores e para a população, e isso eleva a inflação. Com isso, os bancos centrais deixam os juros cada vez mais altos, reduzindo o poder de compra do consumidor. Por isso que a expectativa para o futuro não é positiva.
“A nova queda do Índice de Expectativas Empresarial, no entanto, lança dúvidas sobre a continuidade da recuperação nos próximos meses diante de um cenário de incerteza com relação ao impacto do conflito bélico entre Rússia e Ucrânia na economia mundial e do efeito esperado das altas de juros sobre a demanda interna”, acrescentou o superintendente.
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