A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (07), uma operação visando combater o tráfico de pessoas e a consequente submissão destes indivíduos à condição análoga à de escravo nos estados do Maranhão e de Santa Catarina.
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Em nota, a entidade revelou que, ao todo, os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal após representação da autoridade policial.
Ainda conforme a corporação, os mandados foram cumpridos nos municípios de Santa Inês e no Centro Novo do Maranhão, no Maranhão, e em São Joaquim, cidade localizada no estado de Santa Catarina.
Empregados eram aliciados
Segundo o que as investigações realizadas pela PF apontaram, trabalhadores do estado do Maranhão foram aliciados mediante fraude e abuso da condição de vulnerabilidade. Isso porque, de acordo com a corporação, a empresa investigada prometia trabalho, alojamento e alimentação, tudo pago pela companhia contratante.
No entanto, quando eles chegavam no estado de Santa Catarina, onde o trabalho deveria ser exercido, as vítimas descobriam que a realidade era totalmente diferente do que os criminosos haviam relatado na proposta de emprego.
“Ao chegarem ao destino, descobriram que foram enganados, sendo ainda obrigados a residir em alojamentos abarrotados, sem condições mínimas de viver com dignidade”, revelou a Polícia Federal.
Salário retido pela empresa
Além disso, a investigação apontou que os trabalhadores tiveram parte de seu salário e documentos retidos pelos empregadores, com a justificativa de pagamento pelas despesas do período.
“Tal fato fez com que a atitude dos empregadores seja caracterizada como tráfico de pessoas com a elementar de redução à condição análoga à de escravo”, revelou a Polícia Federal, que ainda não revelou o nome da empresa investigado.
De todo o modo, as pessoas que faziam parte do esquema poderão responder por crimes de reduzir alguém a condição análoga à de escravo e tráfico de pessoas, podendo pegar penas que, somadas, chegam a 16 anos de reclusão e multa.
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