De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o Brasil criou, no mês de outubro, 159,5 mil empregos de carteira assinada. A alta representa o 10º mês consecutivo de saldo positivo, sendo 1.789.462 admissões e 1.630.000 desligamentos realizados no mês de outubro. Desde janeiro, já foram abertos 2,3 milhões de postos de trabalho.
Nesse sentido, o estoque de empregos formais no país, que representa a quantidade de pessoas com vínculos formais de trabalho, chegou ao patamar de 42.998.607 trabalhadores em outubro, um aumento na ordem de 0,37% em comparação com o mês de setembro.
Embora o saldo deste ano seja positivo, ao comparar com o mesmo período do ano passado (entre janeiro e outubro), houve uma queda de 18% na criação de novos empregos. Em 2021, até o mês de outubro, já haviam sido criados 2,8 milhões de postos de trabalho com vínculo formal. A comparação em relação ao mesmo mês do ano passado apontou uma redução de 37% a menos na criação de empregos formais, segundo o CAGED.
Segundo o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, o resultado “dá a possibilidade de sonhar”, ao falar sobre fechar o ano com mais de 2,5 milhões de empregos criados. “É uma felicidade, mais uma vez verificamos que a nossa economia está no rumo certo. Nós, o Ministério do Trabalho e Previdência, agradecemos a todos os empresários e empreendedores que acreditam e que investem no mercado brasileiro”, disse Oliveira.
O subsecretário de Estudos e Estatísticas do Trabalho, Felipe Pateto, também comentou sobre o trabalho de transição realizado pela equipe do Ministério do Trabalho e Emprego. “O que eu posso falar é que a gente teve uma reunião muito boa na semana passada com o pessoal da transição, que está ocorrendo de forma republicana”, afirmou Felipe.
As 5 regiões brasileiras apresentaram saldo positivo
Os dados do CAGED apontaram que todas as cinco regiões brasileiras tiveram saldo positivo na criação de empregos no mês de outubro. As maiores altas, em termos percentuais, foram da região Nordeste (0,46% e 32.223 postos criados) e região Sul (0,39% e 31.244 postos criados). Em seguida, aparecem a região Sudeste (0,37% e 80.740 postos criados), Norte (0,35% e 7.266 postos criados) e Centro-Oeste (0,22% e 8.409 postos criados).
Em relação aos setores que mais se destacaram na criação de empregos, o destaque vai para o setor de serviços, com 91.294 postos criados, seguido pelo comércio (49.356), indústria (14.891), construção (5.348) e agricultura (-1.435), única a apresentar resultado negativo neste período.
Já nos dados de postos criados por estado, 26 das 27 unidades da Federação obtiveram saldo positivo na criação de empregos, com exceção do Amapá. Os maiores saldos obtidos ficaram com: São Paulo (60.404 postos criados), Rio Grande do Sul (13.853 postos criados) e Paraná (10.525 postos criados).
Além disso, outro dado divulgado pelo CAGED foi o salário médio de admissão dos trabalhadores contratados. Segundo a pesquisa, houve uma queda de -0,38% no mês de outubro em relação ao mês de setembro. Nesse sentido, o salário médio de admissão foi de R$1.932,93, uma que da real de R$7,28 em relação ao mês anterior.