Segundo os dados divulgados Ministério do Trabalho e da Previdência Social, através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo de 159.454 empregos no mês de outubro. Foram 1.789.462 contratações contra 1.630.008 demissões no período.
Nesse sentido, o resultado representou uma piora em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram criados 252,5 mil vagas de empregos formais. Sendo assim, a queda, em comparação ao ano passado, foi de 36,9%. Com isso, a quantidade de pessoas com carteira assinada no Brasil atingiu a marca de 42.998.607 vínculos, uma variação de 0,37% em relação ao mês anterior.
Até o momento, o ano de 2022 possui um saldo de 2.320.252 de empregos, fruto do saldo entre os 19.445.198 de admissões e de 171.124.946 desligamentos de celetistas. Segundo o ministro do Trabalho e da Previdência, José Carlos Oliveira, existe a possibilidade de o país fechar 2022 com mais de 2,5 milhões de vagas formais criadas, no entanto, é necessário esperar o mês de dezembro, quando o número de demissões costuma ser maior.
Aumento de empregos é puxado pelo setor de serviço
De acordo com os dados publicados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a alta na quantidade de empregos criados foi puxada principalmente pelo setor de serviços, onde 91.924 vagas foram criadas, seguido pelo Comércio (49,356), Indústria (14.891), Construção (5.348) e Agricultura (1.435).
Em relação à área de serviços, o Caged chamou a atenção para a criação de vagas em atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que juntas somaram 49.260 vagas de emprego criadas. Já em relação à indústria, mais de 13 mil empregos foram criados na Indústria de Transformação.
Além dos dados sobre a quantidade de empregos, também foram divulgados os dados de salário médio de contratação. Nesse sentido, o salário médio em outubro deste ano foi de R$1.932,93, que representa queda real (descontada a inflação), em relação a setembro (R$1940,21). No entanto, em relação a outubro do ano passado, houve aumento no salário, na época, o valor médio era de R$1910,11.
Apenas Amapá registrou saldo negativo
Em relação aos dados por região, o Sudeste teve a maior quantidade postos criados no mês de outubro (80.740), seguido pelo Nordeste (32.223), Sul (31.244), Centro-Oeste (8.409) e Norte (7.266). Das 27 unidades federativas do Brasil, 26 registraram saldo positivo em outubro.
Os destaques ficam para São Paulo (60.404) empregos criados, Rio Grande do Sul (13.853) e Paraná (10.525). Por outro lado, os destaques negativos ficaram para Rondônia, com 617 empregos criados, Roraima, com 525 postos e Amapá, que registrou saldo negativo de 499 postos.
Ainda, de acordo com dados do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 8,7% no terceiro trimestre deste ano, menor valor desde junho de 2015. A taxa representou uma queda de 0,6% em relação ao trimestre que terminou em junho.
Nesse sentido, a taxa de informalidade caiu para 39,4% da população ocupada, contra 40% no trimestre anterior. Por outro lado, o número de trabalhadores em empregos informais atingiu o número de 39,1 milhões de pessoas, número menor que agosto, onde a taxa o número de informais eram de 39,3 milhões e a taxa era de 39,7%. Já o nível de ocupação subiu para 57,2%, maior número desde outubro de 2015.