A atividade industrial do Brasil manteve os níveis elevados em junho deste ano. A saber, o setor conseguiu encerrar o primeiro semestre com resultados positivos. Pelo menos é o que aponta o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado na última segunda-feira (2).
Em resumo, as horas trabalhadas na produção tiveram alta de 0,3% em junho, quando comparadas ao mês anterior. Por sua vez, a massa salarial real também avançou no período (1,1%). No entanto, o destaque ficou com o indicador de emprego, que cresceu 0,5% e emendou o 11º mês seguido de crescimento
Em contrapartida, os outros dois principais indicadores pesquisados pela CNI registraram queda em suas taxas. Tanto o faturamento real quanto o rendimento médio real tiveram retração de 0,9%, cada, em junho. Contudo, o resultado da indústria ficou positivo no semestre.
Além disso, a utilização da capacidade instalada seguiu em nível elevado, em 81,7% na taxa original e em 82,9% na dessazonalizada. No primeiro caso, a taxa cresceu 1,1 p.p. no comparativo mensal e 9,1 p.p. em relação a junho de 2020. Já no segundo caso, houve alta de 0,9 e 9,1 p.p., respectivamente.
“Os indicadores mostram que a indústria encerrou o primeiro semestre com uma atividade forte. A utilização da capacidade instalada cresceu da passagem de maio para junho, o que vem sendo traduzido em empregos”, destacou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
“Já temos 11 meses consecutivos de crescimento nas contratações. Mesmo o faturamento e horas trabalhadas, que têm oscilado bastante, permanecem acima do registrado antes da pandemia”, acrescentou Azevedo.
Confira detalhes do desempenho da indústria no semestre
De acordo com a CNI, quase todos os componentes pesquisados tiveram crescimento em suas taxas na comparação com junho de 2020. Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da Covid-19 em março do ano passado, afetando todo o mundo de maneira muito forte, inclusive o Brasil.
Nessa base comparativa, os indicadores que apresentaram os maiores saltos foram as horas trabalhadas na produção (17,8%) e o faturamento real (13,4%). Já os avanços menos intensos vieram dos indicadores de massa emprego (6,6%) e massa salarial real (5,3%). A única exceção ficou com o rendimento médio real, que caiu 1,2% no comparativo anual.
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