O grupamento da construção gerou 616 mil empregos no trimestre móvel de maio a julho deste ano, na comparação com o trimestre anterior. A saber, o segmento apresentou o maior aumento percentual dentre os dez grupos pesquisados, um avanço de 10,3% em três meses.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), outros cinco grupamentos também criaram mais vagas do que o nível observado no trimestre móvel anterior. Já outros quatro grupos se mantiveram estáveis no período.
Em resumo, o crescimento percentual dos outros grupos foi o seguintes: alojamento e alimentação (+9,0%), serviços domésticos (+7,7%), transporte, armazenagem e correio (+4,9%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+4,5%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+3,2%).
Já em relação ao número de pessoas empregadas, o maior avanço veio do grupamento comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que criou 703 mil vagas no trimestre. Na sequência, ficaram: serviços domésticos (385 mil), alojamento e alimentação (366 mil), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (275 mil) e transporte, armazenagem e correio (210 mil).
Os outros quatro grupos pesquisados (indústrial geral; informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais; e outros serviços) não tiveram variações significativas em um ano.
Oito grupos têm aumento de vagas no comparativo anual
Além disso, o IBGE divulgou os dados relacionados ao trimestre móvel de maio a julho de 2020. Nesse caso, houve criação de vagas em oito dos dez grupamentos. A saber, os grandes destaques ficaram com construção (23,8%), alojamento e alimentação (16,8%) e serviços domésticos (16,5%).
“Essas duas últimas atividades tiveram perdas muito acentuadas na pandemia. São atividades que ainda estão recompondo o seu contingente”, explicou Adriana Beringuy, analista da pesquisa.
Por fim, o IBGE também destacou que não houve alta do rendimento médio real habitual em qualquer categoria no comparativo trimestral. Já em relação ao timestre móvel de maio a julho de 2020, oito dos dez grupos registraram queda no rendimento. Em suma, as maiores quedas percentuais vieram de alojamento e alimentação (-13,1%), indústria (-12,5%), construção (-12,3%) e outros serviços (-10,7%).