A Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2021 com um prejuízo líquido de R$ 489,8 milhões. A saber, o montante é atribuído aos acionistas. Apesar do valor alto, o prejuízo no trimestre do ano passado foi quase três vezes maior, chegando a R$ 1,276 bilhão.
Em resumo, a pandemia da Covid-19 figurou como o principal fator para o resultado negativo em ambos os anos. Aliás, agora, em 2021, o agravamento da crise sanitária que impulsionou as perdas. Já em 2020, as preocupações iniciais com a pandemia acabaram provocando prejuízo ainda mais expressivo.
Vale destacar que o prejuízo líquido ajustado da Embraer, sem eventos extraordinários, atingiu R$ 522,9 milhões no trimestre. Nesse caso, a perda superou o prejuízo de R$ 433,6 milhões registrado no mesmo período fiscal de 2020.
Além disso, a fabricante brasileira de aeronaves relatou que sua receita líquida entre janeiro e março atingiu R$ 4,45 bilhões. Mesmo com o prejuízo líquido registrado no período, o montante da receita superou em 55% o nível alcançado no mesmo trimestre do ano passado.
Dívida líquida da Embraer fica perto dos R$ 11 bilhões no trimestre
De acordo com o balanço trimestral, a Embraer entregou 22 aeronaves nos três primeiros meses do ano, das quais nove eram comerciais. As outras 13 unidades eram executivas (10 jatos leves e três grandes). Enquanto isso, a carteira de pedidos firmes totalizou US$ 14,2 bilhões.
Outros dados importantes relatados pela empresa vieram do caixa e da dívida. Segundo o balanço, a Embraer registrou um caixa total de R$ 14 bilhões no primeiro trimestre. Já a dívida líquida da companhia chegou a R$ 10,8 bilhões.
Por fim, a Embraer afirmou que “devido à incerteza contínua relacionada à pandemia da Covid-19”, optou por não divulgar “nesse momento” as estimativas e projeções financeiras para o resultado anual em 2021.
Leia mais: Gol registra prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre do ano