Em uma semana importante para o atual governo e também para o futuro da economia brasileira, a oposição a Lula entrou 2 pedidos de impeachment do presidente. As solicitações entraram no cenário político sem força, afirmam analistas, mas vieram após eventos considerados polêmicos pelos opositores do atual governo.
Apesar disso, a semana foi positiva para o governo. Isso porque a Câmara aprovou a Reforma Tributária, um marco histórico para a economia brasileira. Além disso, o projeto do Carf, um pedido de Haddad, também foi aprovado pela Casa.
Pedidos de impeachment
Na segunda-feira, 3, a oposição protocolou o segundo pedido de impeachmento do governo Lula. Na terça-feira, foi a vez de a oposição entragar mais um projeto. O movimento chefiado principalmente pela deputada Caroline de Toni (PL-SC) quer retirar Lula do cargo. As acusações são variadas.
O projeto protocolado na segunda-feira, 3, afirmam que Lula relativizou a democracia e, por isso, o resultado foi “atacar o patriotismo”. Isso porque em entrevista à Rádio Gaúcha, do Rio Grande do Sul, Lula disse que “o conceito de democracia é relativo” ao ser questionado sobre o regime político da Venezuela. Para analistas, a proximidade de Lula com os regimes autoritários da América do Sul segue inabalado. O petista ainda afirma que quer exercer maior influência nesses países, abrindo a economia brasileira para o comércio com Argentina, Venezuela e outros parceiros.
Contudo, na terça-feira o projeto teve outra característica. Segundo o documento, “é público e notório que o atual presidente vem reiteradamente cometendo uma série de ilegalidades contra o Estado Democrático de Direito”. As acusações vêm após Lula dizer, durante o encontro do Foro de São Paulo, que não se sente ofendido por ser chamado de comunista por opositores.
“Nós ficaríamos ofendidos se nos chamasse de nazista, neofascista, de terrorista. Mas, de comunista, de socialista, nunca. Isso não nos ofende. Isso nos orgulha muitas vezes. E, muitas vezes, nós sabemos que merecemos isso”, disse Lula.
Semana foi positiva para Lula
Para analistas, os dois pedidos de impeachment não devem andar na Câmara dos Deputados e devem ficar arquivados até o fim do governo. Na atual conjuntura, especialistas dizem que a oposição não tem força para destituir Lula do cargo. Além disso, a semana foi de vitórias expressivas para o governo, que aprovou projetos importantes.
Na quinta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a reforma tributária. O governo, por sua vez, diz que o projeto é para o Brasil. De fato, algumas análises estavam em discussão no Congresso desde 2019, antes de Lula voltar à presidência.
Contudo, a segunda aprovação, já na sexta-feira, foi uma vitória expressiva para Lula. Isso porque a Câmara votou a favor de um projeto que dá vitória do governo em caso de empate no Carf. Essa aprovação foi um pedido pessoal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, segundo analistas, sai fortalecido no governo.