Um caso curioso foi registrado na cidade de Brasília, no Distrito Federal, na última terça-feira (31). Por lá, um homem, protestando contra o Supremo Tribunal Federal (STF), ateou fogo no próprio corpo no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Apesar de o caso ter acontecido na terça, o fato foi revelado apenas nesta quinta-feira (02) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Conforme a publicação, a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) confirmou a ocorrência do caso e informou que agentes da corporação foram chamados e se dirigiram ao local por volta das 16h daquela terça-feira a fim de averiguar uma possível tentativa de suicídio. Ao chegarem ao local, os policiais constataram que o homem teria colocado fogo em si mesmo.
De acordo com uma pessoa que estava no local, o homem que colocou foco em si próprio tem 58 anos e é natural de Botucatu, uma cidade localizada no interior de São Paulo. Na ocasião, ele teria proferido gritos contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na oportunidade, ele teria dito: “morte ao Xandão”.
Segundo a PM, pessoas que estavam no local e presenciaram o fato, conseguiram apagar as chamas e acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que resgatou o homem e o encaminhou para um pronto-socorro da capital – até o momento, não existem informações sobre o estado de saúde do indivíduo.
Junto com o homem, os agentes encontraram papéis com fotos de Johann Georg Elser, conhecido por ter tentado matar o ditador nazista Adolf Hitler. Além disso, existiam imagens do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e de Claus von Stauffenberg, conhecido por comandar a operação Valquíria, que também tentou assassinar Hitler. Essas imagens estavam acompanhadas da frase “perdeu, mané”, uma expressão usada pelo também ministro do STF, Luís Roberto Barroso, quando ele foi abordado por um manifestante apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Nova York, no Estados Unidos.
Leia também: Telegram diz ter pago multa de R$ 1,2 milhão ao STF por não bloquear conta de deputado bolsonarista