Porto e Lisboa, duas das maiores cidades de Portugal enfrentaram casos de violência neste mês de setembro. Os registros se referem a confrontos, esfaqueamentos, inclusive de um brasileiro, assassinatos, furtos, tumultos, etc.
Vale ressaltar que ambas as cidades por se tratarem de pontos turísticos, possuem uma vida noturna agitada, e mesmo com a ronda de policiais e demais agentes de segurança, os acontecimentos provocaram nas autoridades locais a necessidade de acionarem o alerta para a implementação de medidas de segurança.
Em um determinado bairro da capital, estabelecimentos como bares e restaurantes optaram por encerrar as atividades até às 23h, com receio de alguma atitude de má fé. O aumento no índice criminal em Portugal teve um aumento após o afrouxamento das medidas restritivas em combate à pandemia da Covid-19.
Vale ressaltar que o consumo de bebidas alcoólicas nas ruas está proibido até o dia 1º de outubro. Mas a regra não parece ser forte o suficiente para efetivar sanções ou apenas reprimir quem as descumpre em espaços públicos.
No Jardim de Cordoaria, situado em Porto, região famosa pela diversidade de bares e restaurantes nos arredores, um brasileiro foi esfaqueado no peito com três golpes durante a madrugada. De acordo com a imprensa local, o ocorrido tratava-se de uma disputa entre grupos rivais.
A vítima foi atendida e levada ao Hospital de Santo António. A situação que serviu como exemplo não é um evento único. De acordo com moradores da região, os tumultos têm sido frequentes, pois começaram em pequenas áreas e se multiplicaram, chegando aos centros históricos.
O prefeito de Porto, Rui Moreira, lembrou que nos últimos dias alertou o Ministério da Administração Interna (MAI) sobre os acontecimentos e aproveitou para cobrar o reforço do policiamento nas ruas.
Ele ressaltou que é responsabilidade da Direção Geral da Saúde (DGS) a articulação junto ao Ministério da Administração Interna e o comando da polícia local. “Estamos tendo um botellón como nunca tivemos na cidade do Porto”, disse o prefeito. Questionado sobre retomar a atitude de cercar áreas públicas, Moreira descartou essa possibilidade.
Em Lisboa, a decisão dos proprietários de bares de Santos em fechar as portas três horas antes que o de costume, impactou a circulação de cerca de três mil pessoas durante as madrugadas dos finais de semana.
Essas medidas têm o mesmo propósito, evitar aglomerações e se tornarem alvo de atos violentos. Porém, é uma alternativa experimental e, portanto, temporária, com o objetivo mútuo de auxiliar no trabalho da Polícia de Segurança Pública (PSP) pela madrugada.
Registros de violência também aconteceram no Cais do Sodré o no Bairro Alto, duas localidades onde houveram assassinatos. No geral, as autoridades locais alegam que não houve um aumento no índice de criminalidade