Passou-se 20 dias desde a abertura da chamada janela partidária. Neste período, de acordo com dados oficiais da Câmara dos Deputados, 55 parlamentares, isto é, 10,7% do total de 513, já oficializaram suas trocas de partidos.
O período da janela partidária teve início no dia 03 de março e fica aberto até o próximo dia primeiro de abril. Neste meio tempo, deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de legenda sem risco de perder o mandato.
Segundo apontado pelo portal “G1”, tem-se notado que a principal fidelidade para a mudança de partido é a busca por espaço. Isso porque muitos parlamentares que trocaram de legendas não tinham muita voz em suas agremiações, o que poderia prejudicar seus anseios políticos.
Além deste perfil explicado, também tem aqueles que mudaram de partido após terem a promessa de recursos para a campanha ou mudaram de sigla para se manter na mesma legenda do pré-candidato a presidente da República que eles apoiam.
Neste último quesito, o maior beneficiário foi o PL, novo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL). Antes da ida do chefe do Executivo para a legenda, o PL contava com 42 deputados na Câmara, um número já expressivo.
Todavia, com a chegada de Bolsonaro, a legenda ganhou adeptos do presidente e elevou o número de parlamentares para 63, tornando-se assim o partido com a maior bancada de deputados federais.
Apesar da grande alta, a expectativa é que este número aumente ainda mais até o final da janela partidária, visto que ainda são esperadas as filiações de Filipe Barros (PR) e do Major Vitor Hugo (GO), ex-líder do governo na Câmara, ambos do União Brasil.
Além do PL, outro partido que teve movimentações interessantes foi o União Brasil, uma legenda recém criada após a fusão entre PSL e DEM, em fevereiro deste ano. Hoje, a legenda conta com 52 deputados, um número bem menor do que os 81 parlamentares registrados antes da “janela partidária”. A maioria dos deputados que saíram era do PSL e bolsonaristas – foi com essa legenda que o presidente se elegeu em 2018.
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