Na China, uma cidade que faz fronteira com a Rússia, oferece uma recompensa no valor equivalente a R$ 90 mil para quem descobrir pistas sobre a origem do novo surto de Covid-19 no país. A ação é denominada como uma espécie de “guerra popular” contra o novo coronavírus.
Logo no início desta semana, o governo chinês registrou mais de 40 casos de Covid-19 em 20 províncias e regiões, em um pequeno foco da doença causado pela variante delta. Enquanto a China precisa se preocupar novamente em estabelecer medidas de prevenção para uma nova onda da pandemia, vários outros países flexibilizam as restrições em meio ao avanço da vacinação.
Mas isso não quer dizer que a China é negligente com o vírus. O país manteve a estratégia de Covid Zero, que consiste no confinamento de cidades inteiras diante do agravo da situação, além de testar milhões de pessoas mesmo após o registro de poucos casos. A cidade em questão que oferece a recompensa é a de Heihe, na fronteira com a Rússia, que irá doar 100 mil yuans, o equivalente a US$ 15,5 mil ou quase R$ 90 mil a quem obtiver informações relevantes sobre o início do novo surto de Covid-19 na China.
O governo da cidade de Heihe alega que, “Para detectar a fonte deste surto do vírus o mais rápido possível e detectar a cadeia de transmissão é necessário travar uma guerra popular de prevenção epidêmica e controle”.
Vale mencionar que as restrições não se limitam apenas à Covid-19, como também ao contrabando, caça ilegal e pesca na fronteira. De acordo com as autoridades locais, todas essas ações devem ser reportadas direta e imediatamente à polícia, que também clama aos compradores de produtos importados on-line que os esterilize e envie para testes o quanto antes.
Heihe é separada da cidade russa Blagovechchenks pelo rio Amur. O país vizinho é um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19 hoje. Em decorrência do novo surto de Covid-19, milhões de cidadãos estão em quarentena após as regras de contenção se tornarem mais rígidas, especialmente no que compete às viagens internas. No total, os 1,6 bilhão de habitantes da cidade seguem confinados e sendo testados periodicamente. Enquanto isso, o transporte público e outros serviços foram suspensos e nenhum veículo pode sair da cidade.