Informações publicadas pelo portal “UOL” neste domingo (27) revelam que, em meio às denúncias de supostos casos de corrupção no Ministério da Educação (MEC), a pasta está preparando o lançamento de duas novas emissoras de TV Pública.
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Segundo a reportagem, uma dessas emissoras será o Canal Educação, exclusivo do MEC, que hoje vive uma crise por conta da suposta existência de um esquema de corrupção que envolve um “gabinete paralelo” dentro da pasta.
Além deste “segundo ministério”, o órgão também vem sendo investigado pela possível interferência de pastores evangélicos, que estariam pedindo propina para a liberação de verbas referentes à Educação.
Já o segundo canal, informou o “UOL”, que deve ser lançado em abril, junto do primeiro, é de Libras, ou seja, dedicado a deficientes auditivos – no ano passado, o MEC havia tirado do ar um canal semelhante.
De acordo com a reportagem do portal, deste modo, a gestão do ministro da Educação, Milton Ribeiro, está trocando “seis por meia dúzia”. Isso porque já existe um canal da pasta, o “TV Escola”, e existia o direcionado ao público com deficiência auditiva.
Todavia, a diferença agora é que esses canais vão ser administrados pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e custarão duas vezes mais do que o governo vinha pagando para a fundação Roquette Pinto, uma instituição sem fins lucrativos, que cuidava dos canais da pasta.
A expectativa é que o canal Educação e o de Libras custem até R$ R$ 90 milhões anuais ao MEC, que não revelou dados precisos sobre os novos canais. Isso, somados aos mais R$ 550 milhões anuais gastos para bancar a TV Brasil.
Segundo especialistas políticos, em entrevista ao “UOL”, os dois novos canais “são mais dois potenciais abrigos para ‘simpatizantes’ do presidente Jair Bolsonaro”, o mesmo que, durante sua campanha eleitoral, prometeu acabar com as “TVs cabides de emprego dos petistas”.
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