A campanha eleitoral para a candidatura à presidência da República no Brasil virou assunto nesta quarta-feira (25) no Fórum Econômico Mundial, sediado em Davos, Suíça. O evento marcou duras críticas de dois ministros do governo de Jair Bolsonaro à candidatura do PT à presidência.
O ministro da economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que “Eles são piores que a gente”, durante um painel denominado de “Country Strategy Dialogue on Brasil”. A fala foi em resposta a um empresário estrangeiro que levantou o tema das eleições presidenciais no país, que ocorrerá em outubro.
Ao sair do encontro, o ministro Paulo Guedes afirmou a jornalistas que o governo Bolsonaro é amplamente superior ao seu grande concorrente, o então pré-candidato Lula, do PT. Além disso, Paulo Guedes, disse que o empresário perguntou o que acontecerá se o atual governo for reeleito e a resposta foi “vamos seguir nosso ritmo acelerado de reformas”.
Empresários ligados no atual cenário político brasileiro
Além das perguntas sobre o atual governo, empresários estrangeiros realizaram perguntas também sobre o futuro cenário político do país. Eles desejam extrair uma visão do que será o país caso outros venham a vencer as eleições.
O então ministro da economia, Paulo Guedes, disse aos empresários que o país só não entrará em colapso porque o governo atual renovou e reforçou toda a base institucional. Além disso, Paulo Guedes afirmou que o Brasil não irá crescer caso o rival vença.
Pouco antes de Guedes entrar em cena, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ao sair da reunião, afirmou que o atual governo é melhor que os rivais. Segundo Marcelo Queiroga “nos parâmetros de comparação somos melhores em tudo”.
Além disso, o ministro da saúde lembrou dos anos de corrupção vivenciados no antigo governo e chegou a dizer que “eles (o PT) são imbatíveis em corrupção e corrupção mata”.
A corrida da candidatura à presidência
O acirramento na disputa eleitoral, que ainda acontecerá em outubro, é o grande tema nacional e internacional relacionado ao país atualmente. A disputa antagônica entre os dois participantes mais badalados do cenário político do país faz com que assuntos, de maior relevância, acabem ficando para depois.
Nesse sentido, foi isso o que ocorreu em Davos, na Suíça. O assunto da candidatura à presidência sobressaiu a assuntos mais importantes que estavam na agenda da reunião. Outros temas em questão, como a proteção da Amazônia e o desmatamento na região, acabaram ficando em segundo plano por parte dos representantes brasileiros.
Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar da possibilidade de uma moeda comum entre Brasil e Argentina, o “peso-real”, um tema que já havia aventado em 2019. “Eu acho que vamos ver, provavelmente, o peso-real”, disse em evento no Fórum Econômico Mundial ao defender maior integração na América Latina e falando de um cenário para 15 anos.