Nesta semana, a maior árvore do mundo foi coberta de papel alumínio após o início de uma operação de emergência na tentativa de salvar importantes espécies florestais. O fato ocorreu no Parque Nacional das Sequoias Gigantes, situado no estado da Califórnia (EUA).
O incêndio florestal ficou fora de controle após ser alimentado por uma fonte de calor desconhecida no Hemisfério Norte. Atualmente, os Estados Unidos da América (EUA) vivem o que foi considerado por uma das piores queimadas da temporada. O acontecimento levou os bombeiros a cobrirem várias árvores com papel alumínio com o objetivo de protegê-las das chamas.
No que compete propriamente a este fogo que os bombeiros visam combater, ele é chamado de Fogo no Complexo KNP, que consiste em uma junção do Fogo do Paraíso e do Fogo da Colônia. Juntos eles foram responsáveis pela carbonização de cerca de 3.800 hectares até o momento. Acredita-se que a situação tenha se agravado após um raio atingir o Parque Nacional de Sequoia no dia 9 de setembro, que levou o complexo a barrar a entrada de visitantes.
Os agentes responsáveis pelo combate ao incêndio estão preparando a Floresta Gigante, que abriga mais de duas mil sequoias. As ações consistem na remoção de combustível do fogo e envolvimento das árvores no papel alumínio. “As tripulações continuam a aplicar envoltório de proteção [folha] para sequoias icônicas e estruturas históricas”, disse a administração do parque.
A árvore em destaque trata-se de uma “General Sherman”, considerada a maior do mundo com 84 metros de altura e 2.500 anos de idade. O material utilizado para a proteção da árvore é bastante utilizado no setor de construção civil, embora essa finalidade seja exclusiva e, em último caso.
De acordo com a porta-voz do Corpo de Bombeiros local, Rebecca Paterson, o papel alumínio foi envolvido somente na base das árvores, pois, justamente pela enormidade da planta, é difícil colocá-lo a 30 metros de altura. Esta alternativa foi adotada com o intuito de evitar que o fogo chegue pelo chão e atinja a base da árvore, que é justamente a parte mais vulnerável para as labaredas aflorarem.
É importante lembrar que um outro incêndio semelhante foi responsável pelo desmatamento de, aproximadamente, 10 mil sequoias, sendo a maioria com mais de dois mil anos de idade. No ano passado, ainda aconteceu o Castle Fire, que atingiu espécies com idade estimada em três mil anos.
De acordo com o Serviço Nacional de Parques, “dois terços de toda a área de sequoias gigantes, cultivada através da Sierra Nevada, tem queimados em incêndios florestais entre 2015 e 2020”, declarou. As demais autoridades se mostram otimistas quanto às ações, contando que o incêndio diminuiu desde a última quinta-feira, 16, mesmo que alguma atividade tenha se intensificado no final da tarde devido ao aumento da temperatura e a queda nos níveis de umidade
Vale explicar que, apesar das sequoias gigantes se adaptarem gradativamente ao fogo, normalmente a casca é a responsável pela proteção de danos mais expressivos à árvores, capaz de promover um isolamento térmico. Em contrapartida, a recuperação das sequoias requer um processo extremamente demorado.