Os eleitores vão às urnas neste domingo (30) para eleger um dos dois candidatos à presidência da república, onde ambos possuem visões completamente diferentes para o Brasil. Assim, o confronto entre o candidato de direita, Jair Bolsonaro, e o candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, chega ao fim hoje, após uma longa e intensa campanha.
Campanha de Bolsonaro
Bolsonaro é apontado por seus apoiadores como um lutador da liberdade e defensor dos valores tradicionais, protegendo o país, que possui 215 milhões de habitantes, de cair no socialismo ateu de seus rivais.
“A expectativa é de vitória hoje, para o bem do Brasil. Pela vontade de Deus, seremos vitoriosos esta noite. Ou melhor, o Brasil sairá vitorioso”, disse o presidente após votar no Rio de Janeiro na manhã de domingo.
Importante destacar que, as repetidas alegações de Bolsonaro, sem evidências, de que as urnas eletrônicas do Brasil eram vulneráveis a fraudes provocaram temores de que ele esteja se preparando para rejeitar uma possível derrota.
Contudo, em pós-debate realizado pela Globo na noite de sexta-feira, o presidente insistiu que respeitaria o resultado. “Não há a menor dúvida. Quem tiver mais votos vence. A democracia é isso”, disse.
Promessas
Bolsonaro, um defensor da livre iniciativa, do agronegócio, da posse de armas e de ideais cristãos conservadores, prometeu melhorar o padrão de vida dos brasileiros e a economia como um todo. Além disso, Bolsonaro aponta para a geração de empregos, inflação mais baixa e aumento dos pagamentos de benefícios sociais, como o Auxílio Brasil.
Campanha de Lula
Lula governou o país por dois mandatos entre 2003 e 2010, formando uma ampla coalizão que incluía políticos centristas. Seus apoiadores argumentam que Bolsonaro representa uma ameaça à democracia.
“Hoje é possivelmente o 30 de outubro mais importante da minha vida e acho que é um dia muito importante para o povo brasileiro. Hoje o povo está definindo o modelo de Brasil que quer, o modelo de vida que quer”, disse Lula após votar em São Bernardo do Campo, cidade industrial da periferia de São Paulo.
Promessas
Lula prometeu acabar com a fome, restaurar o prestígio internacional do Brasil e torná-lo o centro do desenvolvimento econômico. Em complemento, o líder de esquerda planeja combater a crescente destruição da floresta amazônica.
Além disso, para Lula, a redução da pobreza e a taxa de crescimento econômico que alcançou durante seu mandato é motivo de orgulho, antes da severa recessão de sua sucessora escolhida, Dilma Rousseff. Contudo, no influente setor financeiro do Brasil, a retórica do candidato de sobre a economia é refutada.