A vereadora Iasmin Roloff (PT) renunciou nesta sexta-feira (07) ao cargo de segunda vice-presidente da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Canguçu, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Assim como publicou o Brasil123, Iasmin havia sido eleita sem ao menos ter se candidatado ao cargo sob a justificativa de que iria “embelezar a mesa”.
De acordo com as informações, por conta da renúncia da vereadora, foi necessário acontecer uma nova eleição para o cargo. Com isso, Leandro Ehlert (MDB) foi eleito. Ao todo, o candidato recebeu oito votos, três a mais do que o colega Francisco Vilela (PP).
Após ter sido eleito, Leandro Ehlert discursou e criticou o fato de Iasmin Roloff, que se absteve de votar, ter renunciado ao cargo. “A gente não concorda com o que aconteceu na última sessão, de uma vereadora desta Casa dizer que foi votada a contragosto”, começou o parlamentar.
“Essa vereadora foi procurada por um vereador da base e se comprometeu a, se fosse eleita, não fugir da raia. Ela colocou o nome à disposição e depois fugiu da raia”, finalizou Leandro Ehlert.
Relembre o caso da vereadora
A polêmica eleição aconteceu na última sessão da Câmara de Vereadores de Canguçu em 2021. Na ocasião, 15 parlamentares votaram para escolher a mesa diretora para 2022.
Iasmin Roloff se candidatou ao posto de presidência da casa, mas teve menos votos do que Marcelo Maron (PTB). No entanto, ela acabou sendo surpreendida com votos para a segunda vice-presidência, cargo para o qual ela nem sequer tinha se candidatado. Durante a votação, ao menos três colegas afirmaram que estavam votando na vereadora porque ela iria “embelezar a mesa” e por isso ela pediu a palavra e desabafou.
“Vereadores, por favor, quando forem votar em mim, que votem pela minha capacidade intelectual e não pela minha beleza”, contestou Iasmin Roloff, que é a única mulher eleita vereadora na cidade e também a parlamentar mais jovem da legislatura, com 24 anos. Não bastasse isso, ela foi a única eleita pertencente a um partido de esquerda.
Leia também: Aliados de Bolsonaro vazam dados pessoais de médicos a favor da vacinação infantil