Faltando poucos dias para as eleições que definirão o presidente nos próximos 4 anos, é preciso entender o que aconteceu, de fato, nas economias dos dois candidatos. Por isso, hoje vamos falar sobre o que aconteceu nos anos em que Lula foi presidente do país, levando em consideração os anos de 2003 a 2010. Dessa forma, é preciso ressaltar que foram dois mandatos, diferentemente de Bolsonaro, que ficou apenas um mandato no governo.
Além disso, é preciso ressaltar que os dados não são uma posição política, mas sim uma análise de dados.
O crescimento e a economia do Brasil
Os dados do crescimento do país mostram um grande avanço na economia brasileira. De 2003 a 2010, o país cresceu bastante, com destaque aos anos de 2004, 2007 e 2010, com crescimentos de 5,8%, 6,1% e 7,5%. Contudo, não é possível inferir que o Brasil de Lula foi um caso isolado, dado que o cenário internacional tem grande influência na economia brasileira.
Especialistas dizem que o boom das commodities ajudou. Isso porque naqueles anos, os produtos importantes para o Brasil, como o petróleo, o minério de ferro e o preço de produtos agrícolas estavam caros, o que ajudou o país a crescer bastante. Outro resultado disso foi o baixo desemprego, que diminuiu gradativamente entre 2003 e 2010, caindo de 12,4% para 6,7% no último ano do governo de Lula. Além de grandes receitas vindas das exportações de produtos conhecidos, como soja e milho, o período também ficou marcado pelo alto investimento em infraestrutura, com construção de estradas, pontes e demais projetos, que geraram emprego.
Nos dados da economia como um todo, o país teve um período de inflação controlada, ficando dentro da meta em todos os anos, com exceção do ano de 2003. Isso aconteceu, em grande parte, porque o Governo Federal conseguiu gastar de forma equilibrada, ficando sempre com o chamado superávit primário.
A economia de Lula vai ser igual?
Nos debates do segundo turno, Lula diz que o brasileiro voltará a ter um poder de compra alto e que o preço dos produtos voltará a cair. Contudo, o ano de 2023 será bastante diferente dos anos de 2003 a 2010 e, por isso, as promessas podem não se cumprir. Apesar disso, o candidato deve tentar seguir a mesma estratégia que usou em seus dois mandatos.
Para o ano que vem, o Brasil prevê um déficit no governo. Dessa forma, o governo não terá dinheiro para financiar as obras, características dos governos petistas. Por outro lado, Lula, se eleito, encontrará o teto de gastos, criado no governo Temer e que não esteve presente em seus mandatos.
Em relação às privatizações, Lula afirmou em debates que empresas estatais que não derem lucro podem entrar no processo de venda. Por outro lado, economistas esperam um aumento dos gastos do governo, o que as famílias mais pobres podem sentir de forma mais efetiva.
No primeiro turno, Lula venceu as eleições com 48,43%, acumulando mais de 57 milhões de votos.
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