Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, afirmou nesta sexta-feira (20) que não existe risco de recusa do resultado das eleições de outubro ou de um golpe. Na ocasião, o parlamentar também disse que as Forças Armadas, respeitadas por seu comprometimento com a disciplina, respeitarão o desfecho eleitoral.
A declaração do senador foi dada durante uma em entrevista concedida a agências internacionais. “Com as instituições do Brasil funcionando, com a sociedade, com a democracia já plenamente assimilada, eu não vejo o mínimo ambiente para uma recusa do resultado eleitoral e muito menos de um golpe”, disse o parlamentar.
Durante sua fala, o senador ainda avaliou positivamente a vinda de observadores internacionais, que irão acompanhar o pleito de outubro, e também destacou a importância das Forças Armadas na comissão de transparência criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas ressaltou que cabe somente à Justiça Eleitoral a tarefa de apurar os votos.
“As Forças Armadas são instituições constitucionais presentes na vida dos brasileiros, delas nos orgulhamos”, disse. “Não tenho dúvida da maturidade e do papel das Forças Armadas na busca também do consenso e do respeito ao resultado eleitoral”, completou.
Defensor do diálogo para o fim dos episódios de tensão entre as instituições, Rodrigo Pacheco confessou que, em sua opinião, o momento atual é um dos piores. Nesse sentido, para ele, tanto o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), com seus posicionamentos “frontalmente” contra membros ou decisões judiciais, quanto o Judiciário, devem fazer o seu papel.
Segundo ele, no caso do Judiciário, deve haver uma reflexão sobre sua atuação para evitar conflitos. Uma das formas de não causar disputas desnecessárias é parar de adotar decisões monocráticas, aquelas tomadas individualmente por um ministro, explicou Rodrigo Pacheco.
Já sobre Bolsonaro, o presidente do Senado opina que o chefe do Executivo deve aceitar as provas apresentadas que as urnas são seguras, por exemplo. Além disso, ele também comentou uma entrevista de Bolsonaro divulgada nesta sexta. Na ocasião, o presidente acusou Rodrigo Pacheco de ser parcial em meio à crise institucional.
Para o presidente do Senado, as críticas são injustas, pois não existe qualquer preferência. Segundo ele, a única parcialidade a que se permite ocorre na defesa da Democracia, das instituições e do Estado de Direito.
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