Hamilton Mourão (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (21) que o vencedor das eleições deste ano será empossado “sem problemas”. A declaração de Mourão foi feita enquanto ele comentava sobre a disputa travada entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na ocasião, durante uma entrevista concedida ao site da Organização das Nações Unidas (ONU), Mourão foi perguntado como o Brasil irá garantir a realização pacífica das eleições deste ano em meio ao cenário atual de ataques vindo, principalmente, do presidente da República.
Em resposta, Mourão afirmou que é “óbvia” a existência de uma polarização entre Lula e Bolsonaro com “pressões de parte a parte”. No entanto, ele destacou que o país irá às urnas em outubro para votar e o resultado final será respeitado.
“Olha, existe muito, vamos dizer assim, disse me disse, né? Vamos usar um termo. É óbvio que é um momento de polarização eleitoral entre o presidente Bolsonaro, que é o candidato à reeleição, e o candidato da oposição que é o presidente Lula”, começou Mourão.
“Há pressões de parte a parte, mas a minha visão muito clara é que nós chegaremos a outubro, no mês das eleições, sem maiores problemas, sem maiores confusões, e aquele que a população brasileira sufragar, eleger, irá tomar posse no dia primeiro de janeiro, sem maiores problemas”, declarou ele.
Apesar da declaração de que os resultados das eleições serão respeitados, o vice-presidente não comentou sobre os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral – o último ataque foi feito na segunda-feira (18), quando o presidente afirmou que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não querem implementar medidas que visam a transparência das eleições, pois querem eleger integrantes da esquerda.
Além disso, Mourão também não quis comentar sobre o clima de violência política no Brasil e nem sobre a morte de Marcelo Arruda, integrante do PT morto a tiros por Jorge Guarunho, apoiador de Bolsonaro. Recentemente, Mourão criticou uma suposta “exploração política” do crime, dizendo ainda que o crime “não era preocupante”, pois se tratava de um evento lamentável que “ocorre todo final de semana”.
“Não é preocupante, não queira fazer exploração política disso aí. Vou repetir o que estou dizendo, vamos fechar esse caixão. Para mim, é um evento desses lamentáveis que ocorrem todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro”, disse ele na oportunidade.
Leia também: Presidente do TSE dá 5 dias para Bolsonaro explicar reunião com embaixadores