Chegando as eleições, é preciso entender como que os dois candidatos se comportaram em relação à economia. A ideia do debate é entender como funcionaram os dados e as ações do atual presidente, Jair Bolsonaro, que também é candidato à reeleição. Em todo o texto, é importante levar em conta que o mundo passou pela pandemia, em um impacto que nunca foi visto antes na história do planeta.
Como veremos a seguir, tudo isso impactou nas atividades do governo de Bolsonaro e, de certa forma, precisou mudar a forma como o candidato fez suas políticas. Além disso, é preciso entender que a análise é feita por dados e não representa uma posição partidária.
Como foi a economia de Bolsonaro?
Bolsonaro entrou na presidência em 2019, em meio a uma eleição que colocou, lado a lado, um candidato petista e o então desconhecido candidato da direita brasileira. Com a grande rejeição ao PT, a eleição aconteceu, de certa forma, com um percentual tranquilo a favor do atual presidente.
Na economia, o PIB do país cresceu 1,2% em 2019, primeiro ano de governo. A alta veio sustentada pela recuperação da confiança do mercado no país, após o choque do desligamento da presidente Dilma e de problemas na gestão de Michel Temer. Além disso, o governo de Bolsonaro começou, gradativamente, a diminuir os gastos com funcionários públicos, uma tendência que se manteve durante todo o governo.
Contudo, 2020 chegou com a pandemia e um encerramento quase que total da circulação de pessoas em todo o mundo. Como tudo é interligado, o país sofreu uma queda de quase 4% na economia, por conta da falta de produção e a queda no valor das commodities, que são importantes para o país.
Além disso, o desemprego foi alto durante o período e, agora, em 2022, está em um patamar abaixo de 9%. Por conta da crise sanitária, o governo precisou gastar mais do que planejava, o que colocou em xeque a política liberal do ministro da economia, Paulo Guedes.
O que esperar de um futuro mandato?
Caso Bolsonaro seja reeleito, especialistas já acreditam que o país deve manter as reformas liberais que o governo pretende fazer. Com isso, acredita-se que o número de funcionários públicos deve continuar caindo, ao passo que os investimentos nas famílias mais carentes podem ficar nos atuais patamares. Contudo, o ano de 2023 será um desafio para o próximo governo.
Isso porque o orçamento de 2023 prevê um prejuízo, o que impede que se façam investimentos em infraestrutura, importante forma de criar empregos. Além disso, a atual alta taxa de juros pode impactar de forma negativa nas finanças do governo. Isso porque os juros destinam dinheiro dos impostos para o pagamento de dívidas.
Além disso, economistas esperam uma recessão econômica mundial em 2023, o que também deve afetar a economia do Brasil, seja quem for o candidato eleito. Por isso, a expectativa é de dificuldades nos próximos anos, o que será um grande desafio, caso Bolsonaro venha a assumir o cargo.
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