O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou na noite deste domingo (30), de forma oficial, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará de volta em 2023 ao Palácio do Planalto. Isso porque ele venceu o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) na segunda etapa do pleito.
Lula, que aos 77 anos será o presidente mais velho a assumir o posto e o primeiro que já havia sido eleito a voltar ao Palácio do Planalto, venceu Bolsonaro com 50,90% dos votos. O atual presidente somou 49,10%. A diferença entre os dois foi de cerca de dois milhões de votos.
Quem é Lula
Lula nasceu em 1945 em Garanhuns, no interior de Pernambuco. De família pobre, ele foi a São Paulo e, por lá, iniciou sua carreira política ajudando na criação do Partido dos Trabalhadores (PT). O petista ganhou protagonismo no movimento das Diretas Já, criado para que as eleições de 1985 passassem a ser diretas.
Quatro anos depois, enquanto exercia o cargo de deputado federal, Lula participou de sua primeira eleição presidencial. Na época, ele foi derrotado por Fernando Collor de Mello, que sofreu impeachment um ano depois.
Em 1994 e 1998, Lula voltou a participar das eleições presidenciais e perdeu as duas disputas para Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que assim como em 1989, apoiou o petista nas eleições deste ano.
Depois de três derrotas seguidas, Lula finalmente conseguiu vencer as eleições presidenciais em 2002 ao derrotar José Serra (PSDB). Quatro anos depois, mesmo com a crise do mensalão, ele conseguiu ser reeleito e ficou mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto.
Ao sair do governo, Lula pavimentou a vitória de Dilma Roussef (PT), que venceu as eleições de 2010 e 2014, mas acabou sofrendo impeachment no ano de 2016 e dando espaço ao seu vice, Michel Temer (MDB), que ficou no cargo até 2018.
Em 2018, Lula foi preso durante a operação Lava Jato acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex. Todavia, em junho do ano passado, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ter declarado Sergio Moro parcial, a condenação do petista foi derrubada, fazendo com que ele voltasse a ser elegível e pudesse participar das eleições deste ano.
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