No dia 8 de março, o Banco Safra anunciou o lançamento de um novo ETF voltado para quem quer investir na liderança feminina. O ELAS11 é um ativo que investe apenas em empresas com lideranças femininas e que estão listada na bolsa de valores. O intuito do produto é replicar um índice com empresas que estão alinhadas com o conceito ESG de economia.
Apesar de ter excelentes fundamentos, o resultado até agora não agrada. Desde o início das negociações, o produto já caiu -6,39%. Por outro lado, 16 empresas entraram para o ETF recentemente, o que deve aprimorar os rendimentos para os próximos meses.
O que é o ELAS11?
O investimento em ETF vem crescendo no Brasil. Muito popular nos Estados Unidos, esse tipo de produto ainda participa pouco das carteiras de investimentos de pessoas físicas e de fundos de investimentos. Apesar disso, a alta liquidez do mercado brasileiro vem criando condições para lançamentos de fundos diferenciados, entre eles o ELAS11.
Na prática, ele é um fundo que investe apenas em empresas que possuem mulheres na liderança, sejam elas no principal cargo da empresa, seja na maioria dos cargos de liderança. Através do índice Teva Mulheres na Liderança, criado pela Teva Índices, o ELAS11 vem ganhando os olhos daquelas pessoas que buscam ajudar a governança corporativa mais responsável e inclusiva.
Desde a semana passada, o ELAS11 conta com mais 16 empresas: WEG, Suzano, Vibra Energia, Energisa, Metalúrgica Gerdau, Sul América, CPFL, Grupo Soma, Arezzo, Auren Energia, Via, AES Brasil, Aliance Sonae, Grupo Matheus, Gol Linhas Aéreas e Positivo Tecnologia. Isso porque essas empresas passaram a respeitar os requisitos do produto.
Contudo, com uma alta gama de empresas na bolsa, será que vale a pena investir no ELAS11, ou será que existem formas melhores de fazer o seu dinheiro render?
Vale a pena investir?
Se você é uma daquelas pessoas que investe por ideais e acredita na mudança do perfil corporativo das empresas, o ELAS11 é para você. Contudo, mesmo que tenha uma ideia boa, o ETF precisa ter bons fundamentos e ser uma carteira diversificada. Dessa forma, é preciso que esse produto também atenda a esses requisitos.
Segundo especialistas, a diversificação do ELAS11 é boa e não apresenta um aumento de risco para os investidores. Além disso, a carteira conta com empresas sólidas e populares da bolsa de valores brasileira, o que aumenta ainda mais a confiança dos investidores. Além disso, o produto possui uma baixa taxa de administração, que atualmente é de 0,5% ao ano. Apesar disso, o valor da cota ainda é um pouco caro para muitas carteiras. Na sexta-feira, 15, o mercado encerrou com o ETF cotado a R$94,90. Vale lembrar que mesmo que o ETF tenha muitas empresas, você não deve colocar todo o seu dinheiro nele.
Por isso, antes de comprar o ELAS11, certifique-se de que você possui outros ativos no seu portfolio de investimentos, como uma renda fixa sólida e até mesmo fundos imobiliários. Isso porque a diversificação deve acontecer entre tipos de investimentos, não apenas dentro de várias ações da bolsa.