O dólar fechou o pregão desta sexta-feira (4) cotado a R$ 5,059. A moeda norte-americana teve um forte tombo de quase 4,56% na semana, com o mercado repercutindo a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A saber, o dólar está com o menor patamar desde 29 de agosto (R$ 5,0329), ou seja, em mais de dois meses. Nesta sexta-feira, a divisa recuou 1,29%, ajudando a derrubar ainda mais o resultado semanal.
A título de comparação, o dólar estava cotado a R$ 5,394 no dia 30 de setembro, último pregão antes do primeiro turno das eleições. Como a disputa presidencial se estendeu para o segundo turno, o mercado ficou mais otimista.
Aliás, no mês passado, a moeda chegou a cair para R$ 5,147, mas subiu para R$ 5,30 na última sessão antes da votação. E, com a eleição do presidente Lula, o otimismo cresceu ainda mais e derrubou o dólar para R$ 5,06 nesta sexta-feira.
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Veja o que ajudou a derrubar o dólar na semana
Em síntese, muitos investidores temiam o resultado da eleição, mas não pelo resultado em si. As pesquisas eleitorais indicavam a vitória do petista, que se confirmou na noite do último domingo (30). E as consequências da votação é que causavam temor ao mercado.
Muitos acreditavam que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), poderia contestar o resultado das urnas. Além disso, nem todos confiavam em uma transição tranquila para o governo Lula. Contudo, as notícias estão melhores que o esperado, e o processo democrático está correndo sem grandes problemas.
Vale destacar que os bloqueios em rodovias do país provocaram diversas perdas. Entidades dos setores do comércio e da indústria alertaram para os riscos dessas movimentações, mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou os bloqueios, cumprindo ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A partir de agora, o que ganha importância para o mercado é a indicação de quem será o futuro Ministro da Economia. Os agentes econômicos aguardam se o nome será de um político ou de um técnico e isso será determinante para a direção dos ativos nas próximas semanas”, explicou Gabriel Cunha, especialista em mercados internacionais do C6 Bank, ao portal g1.
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