O dólar fechou o pregão desta sexta-feira (11) cotado a R$ 5,33. A moeda norte-americana teve uma forte alta de quase 5,45% na semana, com o mercado repercutindo as declarações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A saber, o ganho semanal foi o maior desde junho de 2020. Isso quer dizer que há mais de dois anos o dólar não subiu tanto em uma única semana. Aliás, o movimento foi o oposto da semana passada, quando a moeda despencou 4,5%.
Ambos os movimentos, de subida e de queda, foram motivados pelo presidente Lula. Em resumo, ele ainda não ocupou o cargo, mas suas declarações causaram verdadeiro temor no mercado na última quinta-feira (9).
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Veja o que impulsionou o dólar na semana
Na semana passada, o que ajudou a derrubar o dólar foi a transição tranquila do governo Bolsonaro para o governo Lula. Em síntese, muitos acreditavam que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), poderia contestar o resultado das urnas.
Nesta semana, o que mais pesou para a disparada do dólar foi uma declaração de Lula na quinta-feira. A saber, o petista sinalizou que pretende elevar os gastos públicos, mas não explicou como aumentará as receitas, nem como irá controlar os gastos do país.
“Ora, por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gasto, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gasto? (…) Por que que a gente tem meta de inflação e não tem meta de crescimento?”, disse o presidente eleito.
Essas falas causaram um verdadeiro temor entre os economistas. O resultado foi um tombo de 3,35% da Bolsa de Valores e uma disparada de 4,10% do dólar no pregão da quinta-feira.
Em suma, o mercado teme que o governo aumente os gastos e endivide ainda mais o Brasil. No governo Bolsonaro, esse sempre foi um tema que causou preocupação. E, como a situação já está difícil, ouvir do futuro presidente que a intenção é gastar mais, preocupa os economistas.
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