O dólar bateu, hoje (03), uma nova alta e está valendo R$ 5,71. Segundo os especialistas, as consequências disso se devem, exclusivamente, pelo “Efeito Bolsonaro”. O fator crucial para o aumento se deve pelas interferências na Petrobras, maior estatal brasileira. O intuito do presidente da República era trocar o CEO, Castello Branco, por um militar – o primeiro a ser indicado para o cargo após a ditadura. Não demorou para que as ações caíssem em mais de 5,33% e o país perdesse mais de R$ 400 bilhões em menos de uma semana de Ibovespa. Antes dessa interferência, a moeda estaria custando uma média de R$ 5,44.
Desde a mudança drástica desta situação, o risco país medido pelo Credit Default Swap (CDS) de cinco anos subiu 22,3%. Os juros futuros já aumentaram em 1%, chegando a 8%. Alguns especialistas ainda argumentam que pode chegar a custar R$ 6. Essa foi a maior alta da história.
O que vem pela frente do Efeito Bolsonaro?
Após todas as falas do presidente sobre a Petrobras juntamente com as trocas, causou interferência sobre a confiança dos investidores. Muitos não confiam na capacidade do militar e, outros destacam as altas dos combustíveis que já ultrapassaram 40%. A desconfiança não se dá só pelo que o presidente fez na Petrobrás, mas pelo que vem pela frente: novas altas de combustíveis, pressão na energia elétrica.”
“O governo está em uma encruzilhada”, resume o economista-chefe da Necton, André Perfeito. O economista argumenta que Guedes tenta pensar em medidas a longo prazo enquanto Bolsonaro continua questionando o agora, que se deve resolver antes de qualquer coisa. Outra questão é a volta do auxílio emergencial que deve ocorrer em março e retirar mais de R$ 40 bilhões dos cofres públicos: outra otimização para a crise brasileira juntamente com a assinatura da Pec Emergencial que prevê os cortes na educação e saúde.
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