A educação climática virou pauta de audiência pública que aconteceu na Câmara. Assim a Comissão de Legislação Participativa ouviu especialistas no assunto, que defendem a ideia de integrar o tema ao currículo escolar.
Portanto, a sugestão dos deputados é a aprovação de uma lei antes evento da Conferência do Clima que acontecerá em Belém, no ano de 2025.
Essa audiência pública, na CLP, aconteceu na quinta-feira (22), sob a presidência do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
A discussão debateu a importância dessa matéria no país, considerando a circunstância da crise referente ao clima presente no mundo.
Portanto, ao solicitar o debate, o deputado defendeu a ideia da educação climática como instrumento primordial para o futuro da Terra.
Quer saber os detalhes dessa discussão que aconteceu na CLP? Acompanhe com atenção as informações do texto.
Propostas da audiência pública
Os especialistas presentes na audiência pública que a CLP da Câmara realizou na semana passada, argumentaram a favor da inclusão da educação climática ao currículo escolar, juntamente às demais disciplinas e não como um conteúdo estanque.
Ademais, os especialistas afirmaram que é preciso conscientizar a população sobre a gravidade e urgência do problema ambiental. Portanto, exige a participação de todos os setores sociais e de todos os estados brasileiros.
Lei de educação ambiental de 1999
Conforme Suely Araújo, conselheira do Observatório do Clima, no período em que elaborou e sancionou a Lei 9.795/99, na Câmara, houve muita discussão.
Portanto a lei de educação ambiental, aprovada em 1999, passou por intenso debate com autoridades em política ambiental e em educação sobre o tema. Na época, ao finalizar as discussões, se decidiu que não era conveniente acrescentar mais uma disciplina na área específica do currículo escolar.
Opinião dos debatedores sobre a Educação climática
Enquanto isso, a consultora aposentada da Câmara, que colaborou com a elaboração da lei, Suely Araújo. Argumentou que a inserção do assunto como disciplina no currículo poderia acabar gerando certa reação contrária dos estudantes. Assim eles poderiam não gostar de ter uma disciplina a mais para estudar. Suely ressaltou ainda que considera mais robusto um trabalho que consiga distribuir o tema ambiental durante toda a formação do educando, atingindo, níveis diversos de ensino .
Na mesma linha, Mercedes Bustamante, presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), argumentou que esse tema tem que ser abrangente. Assim, a educação climática deve envolver todas as disciplinas e promover especialmente mudanças de hábitos e atitudes.
Já para João Paulo Amaral, representante do Instituto Alana, assuntos referentes à educação ambiental, precisa fazer parte do corpo da escola e de todo seu entorno e não estar presente apenas em uma disciplina ou nos conteúdos educacionais. Ainda, de acordo com ele, é isso que o Instituto Alana sugere, a criação de escolas com base na natureza.
Por fim, Mário Mantovani, fundador e diretor da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente, declarou confiar que só através de uma participação da sociedade como todo, será capaz de promover conscientização sobre a importância do clima.
E você, considera necessária a inclusão da educação climática parte do currículo escolar? Deixe sua opinião nos comentários!