Eduardo Leite, governador eleito pelo Rio Grande do Sul, foi anunciado nesta quarta-feira (30) como presidente da Executiva Nacional de sua legenda, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). A informação foi divulgada em nota pela sigla, que informou que o gestor tomará posse em fevereiro do ano que vem.
“No dia 2 de fevereiro do próximo ano, quinta-feira, com a posse do novo Congresso, iniciaremos os trabalhos da nova Executiva Nacional do PSDB. A presidência do partido será transmitida ao governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite”, afirma a nota.
O texto, que foi assinado por Bruno Araújo, atual presidente do PSDB, destaca ainda que, a partir da próxima semana, começará o processo de “compartilhamento de decisões” para o planejamento da futura gestão. “Nesse período construiremos uma representação coletiva para a próxima Executiva”, afirma a nota.
No próximo ano, o PSDB passará por um processo de reestruturação. A Sigla, que por anos foi uma das principais do país, perdeu força nas últimas eleições e viu o cenário piorar ainda mais neste ano. Prova disso foi a quantidade de deputados federais eleitos: nestas eleições, foram 13. Um número bem menor do que os 29 registrados em 2018.
Além da queda de parlamentares federais, o PSDB também viu a diminuição no número de deputados estaduais eleitos. Em 2018 foram 73 e, nas eleições de 2022, o partido elegeu apenas 54. A pior derrota, todavia, foi perder o governo de São Paulo.
Pela primeira vez em 28 anos, o PSDB não terá o comando do maior colégio eleitoral do Brasil. No estado paulista, o candidato da sigla, o atual governador do estado Rodrigo Garcia, sequer foi para o segundo turno das eleições, vencidas pelo ex-ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Neste ano, Eduardo Leite pretendia ser candidato à presidência da República, o que causou um racha na legenda, pois, mesmo após ter perdido as prévias para João Doria, Eduardo Leite deu a entender que queria disputar o Executivo. No final das contas, nem ele e nem João Doria disputaram à presidência, visto que o PSDB optou por apoiar Simone Tebet (MDB), terceira colocada na disputa.
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