Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, oficializou nesta quinta-feira (31) sua renúncia do comando do estado. O motivo: ele pretende disputar as eleições de 2022 em um outro cargo. Eduardo Leite já deixou claro que tem o desejo de disputar as eleições presidenciais, mas, até o momento, não informou de fato como fará isso, visto que perdeu as prévias do partido.
Presidente do PSDB afirma que Doria é o nome do partido para a disputa presidencial
“Sigo no caminho do mesmo jeito, do meu jeito, com a verdade, transparência e serenidade. É cedo para dizer o que as próximas semanas me reservam, mas posso garantir que este percurso não será individual, será coletivo, enfrentando resistência e procurando respostas ao desafio que está colocado”, disse ele, que será substituído por seu vice, Ranolfo Vieira Júnior.
Eduardo Leite derrotado nas prévias
Eduardo Leite concorreu nas prévias para escolher o candidato do PSDB à presidência da república. No entanto, ele não se saiu vencedor, pois foi derrotado pelo governador de São Paulo, João Dória, que afirmou nesta quinta que pretende concorrer à presidência.
Por conta dessa derrota, Eduardo Leite chegou a conversar com o PSD, mas as conversas não avançaram e ele anunciou que vai continuar no PSDB. Durante os últimos meses, o nome do governador do Rio Grande do Sul foi ventilado como possível candidato da chamada “Terceira via”, grupo que tenta acabar com a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante a coletiva que anunciou sua renúncia, Eduardo Leite disse que a decisão sobre quem será o candidato do PSDB à presidência ainda depende de debates internos. “Está colocada a pré-candidatura do governador Doria, mas o mesmo PSDB e o mesmo governador já disseram que estão em processo de discussão com outros partidos para construir uma convergência”, começou.
“Eu estou no mesmo espírito. Demore o tempo que demorar, se for para promover a convergência entre forças políticas, terá valido a pena”, disse ele, destacando ainda que pretende colaborar com o processo político, seja quem for o candidato do PSDB.
“Não estou procurando ocupar um cargo, um espaço político. Ninguém que quer ser presidente da República pode colocar um projeto pessoal acima do Brasil. Nem um projeto partidário pode estar acima. Estou me apresentando para estar onde melhor possa contribuir”, finalizou.
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