Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do Rio Grande do Sul, divulgou uma carta nesta sexta-feira (22) afirmando que João Doria (PSDB), vencedor das prévias do partido, é o candidato da sigla, à Presidência da República. Apesar da derrota, o político continuava sendo cotado para a disputa eleitoral.
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“Hoje este nome é João Doria, por decisão dele e das prévias – das quais nunca se buscou tirar legitimidade”, disse Eduardo Leite, afirmando que se coloca “ao lado” de seu partido e da candidatura de João Doria “na expectativa de que a união do PSDB contribua com a aguardada unificação dos atores políticos do centro daqui até a eleição de outubro”.
Na carta, Eduardo Leite ainda ressaltou que poderia ser candidato à Presidência caso deixasse o PSDB. Isso porque, assim como publicou o Brasil123, ele esteve próximo de deixar seu partido e ir para o PSD, que é presidido pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
“Quero lembrar que se eu quisesse apenas ser candidato a presidente da República, como uma ideia fixa acima de tudo e de todos, eu teria trocado de partido e isso estaria decidido, não importando as consequências”, afirmou ele, que mais cedo chegou a publicar no Twitter uma “comemoração”.
Na ocasião, ele agradeceu o fato de estar na frente de outros nomes da “terceira via” em uma pesquisa, mesmo sem ter lançado de fato sua candidatura. “Agradeço aos brasileiros que nos enxergam como uma alternativa à polarização. Darei minha contribuição, onde for, para ajudar o país a retomar serenidade e equilíbrio”, escreveu ele.
Resposta de João Doria
Após a publicação de Eduardo Leite, João Doria também divulgou uma carta. No texto, ele se disse “otimista” diante do posicionamento do ex-governador do Rio Grande do Sul, afirmando ainda que defende uma candidatura única de PSDB, MDB, União Brasil e Cidadania.
“O gesto de reconhecimento de Eduardo, do resultado das prévias e pela candidatura única do PSDB para a presidência da república é prova de coerência e bom senso. Finalmente, foram superadas todas as divergências internas, corroborando com o resultado e a legitimidade das prévias que mobilizaram mais de 44 mil eleitores tucanos”, disse o ex-governador paulista.
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