O médico sanitarista e ex-deputado federal, Eduardo Jorge (PV), criticou o modelo escolhido pelo Partido dos Trabalhadores para definir o nome de Fernando Haddad (PT) como o pré-candidato da legenda para disputar a presidência em 2022. A decisão já havia sido questionada por outros nomes do campo da esquerda desde que foi anunciada. Muitos criticam que com esta decisão o Partido dos Trabalhadores se fecha para o diálogo e outras possibilidades de composição política.
Em sua publicação, Eduardo Jorge criticou a forma como as lideranças do PT tomam suas decisões e afirmou que não haveria democracia dentro do partido. Segundo ele o partido “recomeça tropeçando”. Eduardo questionou se diante do tamanho que o PT possui no Brasil não haveriam outros nomes capacitados para disputarem o espaço de pré-candidato à presidência em 2022. “Um homem só ordena que uma pessoa é a escolhida para ser o pré-candidato…isto é democracia interna”, afirmou Eduardo em sua mensagem.
Falta de democracia nos partidos
Nesta mesma semana Eduardo Jorge já havia criticado a forma como os partidos políticos brasileiros estão organizados. Segundo ele, todos os partidos independentemente de seus espectros políticos não gozariam de representatividade. “Reforma neles já”, cobrou em sua publicação.
“Um dos mais graves problemas da democracia representativa no Brasil é a precária democracia dentro dos partidos políticos. Esquerda, direita, conservadores, liberais, socialistas, ambientalistas, não há exceção infelizmente”, afirmou Jorge.
Na ocasião Eduardo Jorge ainda respondeu um seguidor que afirmou que partidos políticos no Brasil seriam feudos com seus donos. “Sentados em cima dos fundos públicos partidários amplos demais para as prioridades orçamentárias do país e usando cordinhas de marionetes nas comissões provisórias. Não existe segurança jurídica dentro dos partidos.”, escreveu.
Eduardo Jorge
Candidato à presidência da República pelo PV em 2014, Eduardo Jorge, ainda é muito criticado por alguns setores da esquerda por não ter declarado apoio a candidata do PT no segundo turno daquela eleição. No ano em questão Eduardo Jorge e as lideranças do PV optaram por declarar apoio ao nome do tucano, Aécio Neves (PSDB-MG).