Criador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o bispo Edir Macedo, apoiador do presidente Jair Bolsonaro e crítico confesso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chefe do Executivo eleito no último domingo (30), usou suas redes sociais para pedir que os brasileiros perdoem o petista.
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A publicação de Edir Macedo foi feita na noite de quinta-feira (03). Na ocasião, o líder religioso disse ter “orado” pela vitória de Bolsonaro, mas isso não aconteceu porque “Deus fez a vontade dele”. Em outro momento do pronunciamento, Edir Macedo lembrou que Lula venceu porque a maioria das pessoas votou no petista.
Nesse sentido, ele relatou que não se pode ter mágoa, visto que, de acordo com ele, é o que o “diabo quer”. “A escolha foi da maioria que votou. Então, não podemos ficar com mágoa porque é isso que o diabo quer. Bola para frente, vamos olhar para a frente. O diabo quer que o Brasil fique com ódio do Lula, mas ele ganhou e acabou”, disse.
“Ele, supostamente, ganhou segundo a vontade de Deus. Vamos tocar nosso barco, o sentimento de mágoa só faz destruir. Como você pode perdoar? Ora pela pessoa que magoou você”, finalizou o líder religioso.
Presidente do PT dispensa perdão de Edir Macedo
Nesta sexta-feira (04), Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), foi questionada sobre a gravação feita por Edir Macedo e o “perdão” concedido pelo líder religioso. De acordo com ela, o “perdão” do criador da Igreja Universal foi dispensado. Nesse sentido, ela disparou que quem precisa pedir perdão é ele por conta das “mentiras que propagou” sobre Lula.
“Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila”, afirmou Gleisi Hoffmann.
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