Atualmente na 10ª posição ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil pode voltar a fazer parte do grupo das oito maiores economias do mundo já em 2023. Isso quem afirma é Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, que diz que os dados do Fundo já não refletem o crescimento que o Brasil vem apresentando e que o país pode subir para a 8ª posição.
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Segundo o economista-chefe, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve fechar este ano com uma expansão de 2,31%, superando países que, no segundo trimestre, tiveram um crescimento maior que o Brasil na comparação com o primeiro trimestre. Com o ritmo apresentado, os dados do FMI que são usados pela Austin Rating projetam que a riqueza do Brasil pode chegar a US$ 2,08 trilhões, cerca de R$ 10,29 trilhões. Isso, ao final de 2023.
Segundo o economista, caso as expectativas sejam atendidas, o Brasil iria crescer o suficiente para poder voltar a figurar entre as dez maiores economias do mundo, ultrapassando a Itália e a Rússia. A Rússia, atualmente, vem em tendência de queda. Isso acontece por conta do cenário de guerra em curso com a invasão à Ucrânia. No ano passado, o PIB russo fechou em US$ 2,21 trilhões, cerca de R$ 10,96 trilhões. Por outro lado, neste ano, a expectativa é de um fechamento em US$ 2,06 trilhões, isto é, R$ 10,19 trilhões.
Alex Agostini explica que os dados de projeção do PIB apresentados pela agência foram produzidos pelo FMI em abril e já foram superadas, pois o Brasil, agora, apresenta números melhores. “Lá em abril, ele [o FMI] estimava um crescimento econômico para o Brasil de 0,9%. A gente já está com um crescimento muito maior. A estimativa para o Canadá e para a Itália ficava entre 1,5 e 1,7%, e eles devem crescer ao redor disso”, explica ele.
Ainda conforme o economista, com o PIB crescendo mais que o estimado e o real estando mais valorizado do que quando o FMI fez o ranking, é possível estimar que “o Brasil tem uma diferença no dado atual para o final do ano de mais de US$ 100 bilhões (R$ 494 bilhões)”. “Assim, o país superaria Canadá e Itália de uma só vez”, diz o economista, salientando, todavia, que apesar da expectativa da Austin estar abaixo da previsão de 3% do governo, o Brasil pode superar os 2,31% previstos pela empresa. “É o piso”, relata.
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