O mercado tem sido cada vez mais cauteloso com a possibilidade de uma recessão em território americano, os números vão sendo divulgados e vão sendo acompanhados de perto pelos players em geral. Nesse sentido, na última quinta-feira (28) os dados do setor imobiliário foram ruins, e o investimento empresarial diminuiu junto também com os gastos do governo.
Com isso, mais uma vez a economia Americana encolheu em 0,9% neste segundo trimestre, um número que para outros países poderia já ser considerado o início de uma recessão.
Contudo, essa ainda não é uma realidade para os americanos, embora o mercado cada vez mais aponte que o país está no caminho de uma recessão, serão necessários mais dados para que o país realmente se coloque em frente a tão temida recessão.
Dados divulgados continuam assustando
Como já foi colocado acima, a economia americana contraiu nesse segundo trimestre de 2002, algo em torno de 0,9%, o que chamou mais ainda atenção e enviou alertas para todo mercado.
Além disso, em termos técnicos já é possível considerar que os americanos estão em uma recessão, dado que é o segundo trimestre consecutivo que a economia americana divulgou uma contração. No primeiro trimestre de 2022 a economia dos EUA contraiu 1,6%.
Outro ponto, é que além dos dados divulgados preocuparem o mercado como um todo, a expectativa de subida de juros pelo FED indo para uma área contracionista indica que as coisas não devem melhorar no curto prazo.
Inflação é a maior dos últimos 40 anos
Nesse sentido, a inflação que o FED busca combater, já é a maior em 40 anos. Com isso, houve aumento generalizado nos preços, atingindo desde alimentação, aluguel e combustíveis. Assim, no acumulado de 12 meses para o (CPI – índice de inflação americano) divulgado em maio, o registro foi de 8,6%.
É importante lembrar que esse movimento de alta nos preços, não é algo exclusivo da economia americana, o Brasil também tem sofrido com choques inflacionários. Contudo, o Banco Central Brasileiro atuou antes do Banco Central americano no sentido de subir juros para tentar frear esses choques inflacionários.
A economia americana está fragilizada, e entrará em recessão?
Para o presidente do Banco Central americano (FED), Jerome Powell, a economia americana não está em recessão, segundo Powell, há uma desaceleração necessária e pontual para que a inflação possa voltar aos níveis normais.
Contudo, até que ponto essa desaceleração é realmente um ponto suave para estabilidade? Isso é o que vem sendo debatido a todo momento nos mercados, para muitos a realidade é completamente diferente do que aponta Powell, e estes acreditam que tempos difíceis virão com a economia americana encolhendo por um prazo maior do que o esperado pelos membros do FED.
Além disso, o mercado de ações americano vem caindo bastante desde o início do ano, grandes empresas como a Meta, proprietária do facebook e instagram, disseram que planejam desacelerar contratações. Além disso, Elon Musk (CEO) da Tesla, admitiu em sua página do Twitter que a Tesla deve realizar demissões a fim de equilibrar o seu quadro de funcionários em períodos de contração econômica.