O Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Rio de Janeiro encerrou o primeiro trimestre deste ano com leve alta de 0,7% na comparação com o trimestre anterior. Assim, a economia fluminense emendou o terceiro trimestre seguido de crescimento nesta base comparativa, mas este foi o menor avanço entre eles.
Em resumo, o PIB do estado foi impulsionado pela retomada de contratações da construção civil. Em contrapartida, o setor de serviços vem mostrando ritmo de crescimento mais tímido do que a indústria fluminense. Aliás, a indústria registrou mais um resultado negativo, apesar de o setor mostrar mais resiliência que o esperado.
A saber, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) fez o levantamento dos dados e apresentou suas perspectivas para o PIB local. Diferentemente da alta em relação ao trimestre anterior, o levantamento indicou um decréscimo de 1,7% na comparação com o mesmo período de 2020.
À época, o mundo começava a sentir os impactos da pandemia da Covid-19, decretada em março do ano passado. Em suma, a crise sanitária provocou a perda de milhões de empregos, reduções salariais e interrupções em diversas atividades econômicas em todo o mundo. E isso também aconteceu no Rio de Janeiro.
Vale ressaltar que a economia do estado do Rio de Janeiro responde por cerca de 10,2% do PIB brasileiro, segundo dados preliminares mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso quer dizer que o desempenho do PIB fluminense afeta diretamente a economia do país.
Veja mais detalhes do crescimento da economia fluminense
De acordo com os dados da Firjan, a atividade fluminense cresceu menos que a taxa nacional no primeiro trimestre. Contudo, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, avalia que o avanço da economia fluminense se mostrou positivo e mostra sinais de recuperação. “Acreditamos que, com a vacinação e um esforço no sentido de solucionar gargalos estruturais, o processo de recuperação seja intensificado”, disse.
O levantamento ainda destacou a metalurgia do estado. Em síntese, a Firjan disse que o setor acabou fortalecido no primeiro trimestre graças à retomada econômica ao redor do mundo. Por isso o setor cresceu, apesar da segunda onda da pandemia que afligia o país no trimestre.
Por fim, a Firjan acabou revisando as estimativas de crescimento da economia fluminense para este ano. Agora, as previsões apontam para um avanço de 3,8% do PIB do Rio de Janeiro, em vez de 2,9%. “Nosso cenário base previsto para 2021 leva em consideração a vacinação completa da população adulta contra a Covid-19, até o final do ano, e a normalização da mobilidade no segundo semestre”, afirmou a federação.
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