A economia brasileira cresceu 0,3% em abril deste ano, na comparação com março, após ajuste sazonal. Já em relação a abril de 2021, o crescimento foi ainda mais expressivo, de 3,6%. Com isso, a atividade econômica do país acumulou alta de 2,8% no trimestre móvel de fevereiro a abril.
Estes dados fazem parte do Monitor do PIB-FGV, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Embora o avanço em abril tenha sido o terceiro consecutivo, o levantamento destacou que a alta foi menos expressiva que as anteriores. E isso aconteceu devido ao setor de serviços, que diminuiu o ritmo de avanço.
“A despeito do crescimento da agropecuária e da indústria, o setor de serviços parou de contribuir para o PIB da mesma forma que vinha contribuindo, principalmente devido à retração de comércio e transporte”, explicou a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece.
“Pela ótica da demanda, o consumo das famílias também cresce pelo terceiro mês consecutivo. O único segmento de consumo a retrair foi o de produtos duráveis, o que pode ser reflexo da elevação da taxa de juros e das incertezas com relação ao desempenho econômico e político no ano eleitoral”, acrescentou Trece.
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Consumo das famílias cresce 4,8% no trimestre móvel
Segundo os dados do levantamento, o consumo das famílias cresceu 4,8% no trimestre móvel de fevereiro a abril, na comparação com o mesmo período do ano passado. Três dos quatro componentes que compõem esse indicador cresceram no mês: consumo de serviços (+7,5%), de bens não duráveis (+2,1%) e de bens semiduráveis (+13,3%).
O Monitor PIB-FGV também revelou que a exportação de bens e serviços cresceu 1,5% no trimestre móvel, na comparação anual. Em suma, o avanço não se mostrou muito expressivo devido à redução do fôlego de importantes segmentos, como os bens intermediários e os de consumo.
Por sua vez, a importação tombou 8,2% no trimestre de fevereiro a abril, em relação ao mesmo período de 2021. O resultado ficou negativo principalmente por causa dos bens intermediários, cujas compras do exterior despencaram 14,5%.
Por fim, o FGV Ibre revelou que as estimativas para o PIB brasileiro acumulado entre janeiro e abril indicam R$ 2,987 trilhões, em valores correntes.
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