A economia brasileira cresceu 0,1% em outubro deste ano, na comparação com setembro, após ajuste sazonal. Já na comparação com outubro de 2021, a atividade econômica do país cresceu de maneira ainda mais expressiva (+2,8%).
“O crescimento do PIB em outubro deve-se, principalmente, ao bom desempenho do setor de serviços e do consumo. Assim como tem ocorrido durante todo o ano de 2022, estes componentes seguem contribuindo positivamente apara o desempenho da economia”, explicou a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece.
“Destaca-se que após dois recuos consecutivos da atividade econômica, o crescimento de 0,1% é considerado modesto, porém não deixa de mostrar que a economia ainda dá indícios de crescimento apesar da maior influência do aperto monetário causado pelos altos juros”, ponderou Trece.
A saber, estes dados fazem parte do Monitor do PIB-FGV, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e divulgado nesta sexta-feira (16).
Vale destacar que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado a ‘prévia’ do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, indicou leve recuo da economia brasileira em outubro.
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Consumo das famílias dispara
O levantamento revelou que o consumo das famílias cresceu 5,7% no trimestre encerrado em outubro. De acordo com o FGV Ibre, a “contribuição positiva do consumo de produtos não duráveis segue aumentando desde o segundo trimestre”.
Aliás, o setor de serviços continua sendo o “principal motor do crescimento do consumo”. Outro destaque foi o crescimento do consumo de produtos duráveis no trimestre encerrado em outubro, após registrar queda por mais de um ano, desde o terceiro trimestre de 2021.
A saber, a economia brasileira não conseguiu crescer de maneira mais expressiva devido aos juros elevados. Isso porque, quanto mais altos os juros, mais caro fica o crédito. Dessa forma, a população deixa de adquirir itens ou contratar serviços, e isso se reflete no enfraquecimento da economia do país.
Por fim, o PIB brasileiro acumulou R$ 8,16 trilhões nos dez primeiros meses deste ano, em valores correntes. A saber, esse valor se refere a estimativas do Monitor do PIB-FGV.
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