O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) divulgou nesta segunda-feira (21) os dados mais recentes do Monitor do PIB-FGV. De acordo com a entidade, a economia brasileira encolheu 1,4% em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2021.
Embora o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha recuado na comparação mensal, o indicador da FGV revelou que a economia brasileira cresceu 1,0% no trimestre móvel encerrado em janeiro, no comparativo trimestral. Já na base anual, o PIB teve alta de 1,2% em janeiro e de 2,0% no trimestre encerrado no mesmo mês.
“A economia brasileira cresceu trimestralmente em média 1,1% no período de janeiro de 2019 até fevereiro de 2020 quando se inicia a pandemia. De março de 2020 em diante até janeiro de 2022 a economia cresceu em média 0,4%”, disse o coordenador do Monitor PIB-FGV, Claudio Considera.
“Utilizando esses mesmos intervalos a agropecuária cresce, respectivamente, 0,6% e 0,7%; a indústria cai 0,7% e cresce 0,7; os serviços crescem 1,4% e 0,2%. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresce 2,3% e cai 1,0%; o consumo do governo cai 0,5% e 1,0%”, detalhou Considera.
O coordenador afirmou que estes números refletem os fortes impactos provocados pela pandemia da Covid-19. Contudo, afirma que os resultados da economia brasileiras “já eram medíocres antes dela (pandemia)“.
“O consumo das famílias e o consumo do governo representam 80% do PIB e foram bastante prejudicados inicialmente pela falta de vacinas e posteriormente pela falta de um programa de vacinação, como é bem ilustrado pelo fracasso dessa demanda durante a pandemia”, acrescentou Considera.
Consumo das famílias cresce 1,9% no trimestre
Segundo os dados do levantamento, o consumo das famílias cresceu 1,9% no trimestre de novembro de 2021 a janeiro de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em suma, este é o quarto mês consecutivo que apenas o componente de serviços apresenta taxas positivas. Aliás o consumo das famílias caiu 1,3% em relação ao trimestre móvel encerrado em outubro.
O Monitor PIB-FGV também revelou que a exportação cresceu 5,6% no trimestre de novembro a janeiro, na comparação anual. A saber, os principais destaques positivos foram os componentes de serviços e produtos agropecuários, cujas taxas dispararam 15% e 28,6%, respectivamente.
Por sua vez, a importação cresceu 2,2% no trimestre encerrado em janeiro, na base anual. “Cabe destacar o surpreendente crescimento na importação de serviços (10,5%) e o elevado crescimento da extrativa mineral (54,1%)”, disse o FGV Ibre.
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