Um caso ocorrido em Goiás pode influenciar a operação do Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência (BPC/LOAS). O BPC/LOAS, oferecido pelo INSS, destina-se a fornecer suporte financeiro mensal a pessoas idosas ou com deficiência em situação de vulnerabilidade social, incapazes de prover sua própria subsistência.
Se você atende aos critérios mencionados, é aconselhável buscar assistência jurídica.
O caso em questão envolve uma decisão judicial contrária à prática do INSS em relação aos beneficiários do BPC/LOAS. Um trabalhador em Goiás, portador de epilepsia, conseguiu, por meio de aconselhamento jurídico, converter seu benefício do BPC/LOAS em auxílio-doença.
A constatação de que a doença do indivíduo resulta em incapacidade laboral total ou temporária o tornaria elegível para o auxílio-doença, que é financeiramente mais vantajoso. No entanto, ele foi incluído no benefício menos vantajoso, o BPC.
Alegando prejuízos financeiros e falta de orientação por parte do órgão, buscou a conversão do benefício por meio do sistema judicial. A Instrução Normativa 77/2015 do INSS garante ao trabalhador o direito ao melhor benefício, sendo responsabilidade do servidor orientar nesse sentido.
O caso destaca a falta de clareza e objetividade ao inserir os trabalhadores no benefício mais apropriado. Também ressalta a falta de conhecimento dos próprios direitos por parte dos trabalhadores, impedindo o acesso à opção mais indicada para sua condição.
A luta do BPC/LOAS
Muitos acreditam que o BPC/LOAS é uma forma de aposentadoria para idosos e pessoas com deficiência. No entanto, é um benefício assistencial do INSS, sem contribuição por parte dos beneficiários, o que os exclui do modelo de aposentados.
O Benefício da Prestação Continuada é a assistência de menor valor do INSS, gerido pelo Ministério da Cidadania. A falta de contribuição impede direitos como o 13º salário para esses indivíduos, levantando questionamentos sobre a natureza cidadã da concessão desse auxílio.
Principais doenças abrangidas pelo BPC/LOAS:
– Cardiopatias graves;
– Cegueira;
– Nefropatia grave;
– Hanseníase;
– AIDS;
– Hepatopatia grave;
– Osteíte deformante;
– Doença de Parkinson;
– Neoplasia maligna;
– Paralisia incapacitante e irreversível;
– Tuberculose;
– Alienação mental;
– Espondiloartrose anquilosante.
Em algumas situações, é possível solicitar tanto o BPC/LOAS quanto a aposentadoria por invalidez para doenças crônicas. A lista não é definitiva, e uma perícia médica é essencial para avaliação em caso de necessidade de auxílio.
Lembre-se de que a atualização do cadastro é crucial para garantir o recebimento contínuo do benefício. Se você está no CadÚnico, observe os prazos de atualização, respeitando o intervalo de dois anos entre eles.
Atualizações no BPC
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), um programa do Governo Federal, tem como objetivo primordial fornecer suporte financeiro a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade.
Para se qualificar para esse benefício, a renda familiar por pessoa não pode exceder 1/4 do salário mínimo vigente, que, em 2023, equivale a R$ 330. Esse programa desempenha um papel crucial na luta contra a desigualdade social no Brasil.
No entanto, uma das grandes questões que sempre cercaram o BPC é a ausência do abono natalino, também conhecido como 13º salário. Ao contrário de outros benefícios, os beneficiários do BPC não têm direito a esse bônus de Natal.
A razão para isso é que o BPC é um benefício de natureza assistencial e não está vinculado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso significa que, por não depender de contribuições previdenciárias, o 13º salário não é concedido.
No entanto, essa realidade pode estar prestes a mudar. Projetos de lei em tramitação buscam garantir o 13º salário aos beneficiários do BPC a partir do próximo ano. Embora esses projetos estejam em fase de análise e aguardem aprovação governamental, a simples possibilidade de mudança já gera expectativas e debates acalorados entre os beneficiários e a sociedade em geral.
Mas afinal, quem teria direito ao abono natalino do BPC caso esses projetos sejam aprovados?
O reajuste anual do salário mínimo, atualmente em R$ 1.320, influencia diretamente nas regras do BPC. Isso ocorre porque a renda familiar mensal per capita é um dos critérios mais importantes para a concessão do benefício. Portanto, para ser elegível, o cidadão deve respeitar o limite de renda familiar per capita mensal de R$ 330,00.
Além disso, outro critério fundamental é o registro no Cadastro Único (CadÚnico). Esse cadastro avalia diversas situações que podem determinar a elegibilidade do beneficiário, como vulnerabilidades nas relações familiares, oferta de serviços comunitários, carência econômica, idade, histórico da deficiência e até mesmo aspectos relacionados à ocupação e potencial de trabalho.