Não é segredo para ninguém que, desde de 2019, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem afirmando que houve fraude nas eleições de 2018, sem, em nenhum momento apresentar provas sobre as suas afirmações. Todavia, de acordo com o chefe do Executivo, chegou o momento de mostrar o porquê das acusações.
Segundo Bolsonaro, as evidências de inconsistências no pleito serão apresentadas durante a sua tradicional live semanal, que vai ao ar na noite desta quinta-feira (29). Aos seus apoiadores, o presidente afirmou que “um hacker do bem” mostrou a ele que as eleições de 2014 também teriam sido fraudadas.
“Nós vamos demonstrar na quinta-feira [29]. A gente vai convidar a imprensa, vamos decidir o horário ainda, para demonstrar o que aconteceu no segundo turno de 2014, e também parte do que aconteceu em 2018″, começou o presidente.
De acordo com ele, com as evidências que ele apresentará, será possível “você ter mais que o sentimento, a convicção que houve, sim, interferência, em 2014, e houve, sim, interferência em 2018″.
Pressão de Bolsonaro
Há tempos o presidente vem tocando no assunto fraude eleitoral. Todavia, nos últimos meses, o tema vem ganhando força e os ataques ao sistema eleitoral, à urna eletrônica, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao ministro Luís Roberto Barroso não param de aumentar.
Muita dessa “rebeldia” do chefe do Executivo acontece porque o apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, tão defendida por ele, diminuiu no Congresso e só não foi vetada neste mês por conta de uma manobra dos aliados do governo, que deixaram a conclusão da votação para depois do recesso.
TSE reforça a segurança da urna eletrônica
Quem vai de encontro com a opinião de Jair Bolsonaro é o TSE, que vem exaustivamente, a cada declaração do presidente, reforçando a segurança do sistema, que completou 25 anos em 2021.
“Não há dúvida de que o sistema eleitoral brasileiro é seguro, transparente e auditável antes, durante e depois da votação. Diversos agentes externos e independentes – como partidos políticos, Forças Armadas, Ministério Público, Polícia Federal – podem conferir e testar a segurança e a integridade do sistema de votação”, publicou recentemente o Tribunal.
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